OBJETIVO: Avaliar as intercorrências clínicas nos membros submetidos a retirada da veia safena magna por técnica de incisões escalonadas para sua utilização como enxerto venoso na revascularização do miocárdio. MÉTODOS: Selecionou-se aleatoriamente 44 pacientes submetidos a revascularização do miocárdio utilizando a veia safena magna retirada por incisões escalonadas há mais de 3 meses. Critérios de exclusão: retirada da veia safena de ambos os lados; safenectomia prévia do membro contralateral; etiologias de edema de causas sistêmicas, tais como cardíacas, renais, tireoideanas, hepáticas e insuficiência venosa nos membros inferiores (MMII), representada por varizes exuberantes com ou sem alterações tróficas. Foram avaliados as seguintes variáveis: idade, sexo, diabetes, tempo de cirurgia, presença de intercorrências, como edema, parestesias, infecção, linforréia, erisipela e trombose venosa profunda. A avaliação foi clínica e o diagnóstico do diabete foi feito pelos exames do pré-operatório para cirurgia. Para análise estatística foram empregados o teste qui-quadrado, teste exato de Fisher e teste t de Student, considerando erro alfa de 5%. RESULTADOS: O tempo entre avaliação e cirurgia foi de 3 a 187 meses, com média 47,3 + 42,5 meses. Detectou-se 25% de infecção no leito da safena, edema em 52,3% dos casos, parestesia em 29,5%, erisipela em 9,1%, linforréia em 4,5% e trombose venosa profunda em 2,3%. Não houve associação entre diabetes com as intercorrências. CONCLUSÃO: A exérese escalonada da veia safena magna para revascularização do miocárdio não elimina as intercorrências clínicas no leito da safena, como parestesias, infecção e edema
OBJECTIVE: The aim of this study was to assess clinical complications of limbs undergone harvesting of the great saphenous vein for venous coronary artery bypass graft surgery using bridge technique. METHODS: Fourty-four patients who had undergone CABG using the great saphenous vein harvested by the bridge technique over more than 3 months ago were randomly selected. The exclusion criteria were the harvesting of both saphenous veins, prior saphenectomy of the contralateral limb, edema caused by a systemic etiology, such as heart, renal, thyroid or hepatic diseases and venous insufficiency of the lower limbs as characterized by swollen varicose veins both with and without trophic changes. The age, gender, diabetes, time of surgery and occurrence of complications, such as edema, paresthesia, infection, lymphorrhea, erysipelas and deep venous thrombosis, were assessed. The assessment was clinic and diagnosis of the diabetes was performed by the preoperative exams. The chi-square, Fisher and Student's t tests were used for statistical analysis with an alpha error of 5%. RESULTS: The time between surgery and assessment ranged between 3 and 187 months with a mean of 47.3±42.5 months. Infections of the saphenous harvest site were detected in 25% of the cases, edema in 52.3%, paresthesia in 29.5%, erysipelas in 9.1%, lymphorrhea in 4.5% and deep venous thrombosis in 2.3%. There was no association between diabetes and complications. CONCLUSION: The saphenous vein harvesting using bridge technique for coronary artery bypass grafting does not eliminate clinical complications, such as paresthesia, infection and edema of the saphenous vein harvesting site.