A redefinição das relações de força no sistema internacional, decorrente do esgotamento do arranjo bipolar, teve implicações significativas para a Aliança Atlântica. Pautada por um modelo de defesa coletiva que privilegiava as variáveis geoestratégicas, a Aliança não dava conta dos imperativos de segurança da nova configuração sistêmica. Ao assimilar essa incompatibilidade, os membros da Aliança redefiniram seu plano estratégico em 1991 e atribuíram às possíveis instabilidades econômicas, políticas e sociais provenientes, em especial, dos países do Leste Europeu, seu principal foco de ameaça. Em 1999, por meio da prática da intervenção e do maior comprometimento norte-americano a partir de meados da década, a OTAN lapida seus critérios ao harmonizar o uso da força e a leitura das ameaças de segurança em seus preceitos normativos.
The redefinition of relations of force within the international system that has resulted from the exhaustion of bi-polar arrangements brings significant implications for the Atlantic Alliance. Based on a model of collective defense prioritizing geo-strategic variables, the Alliance was not able to deal with security imperatives within the new systemic configuration. In 1991, when this incompatibility was recognized, members of the Alliance moved to redefine their strategic plan and to identify the possible political, economic and social instabilities emerging primarily within Eastern Europe as the greatest threat. In 1999, through the practices of intervention and greater U.S. committment that had begun in the middle of that decade, NATO went on to hone its new criteria by harmonizing use of force and detection of threats to security within its normative precepts.
La redéfinition des relations de force dans le système international, dérivée de l'épuisement de l'aménagement bipolaire, a eu des retombées importantes pour l'Alliance Atlantique. Orientée par un modèle de défense collective qui privilégiait les coordonnées géostratégiques, l'Alliance n'était pas capable de répondre aux exigences de sécuritié de la nouvelle configuration systémique. Lorsque cette incompatibilité a été saisie, les membres de l'Alliance ont redéfini leur plan stratégique en 1991 et ont attribué aux éventuelles instabilités économiques, politiques et sociales originaires surtout des pays de l'Est européen leur centre de menace. En 1999, à cause de l'intervention et d'un plus grand engagement nord-américain à partir de la moitié des années 90, l'OTAN peaufine ses critères quand elle équilibre l'emploi de la force et la lecture des menaces de sécurité dans ses preceptes normatifs.