Resumo Neste artigo é realizada uma investigação teórica de fundamentos e princípios da fenomenologia clássica enquanto orientação metodológica para o estudo de fenômenos culturais. Tal investigação se inscreve no domínio qualitativo de pesquisa em psicologia e, portanto, no domínio da psicologia da cultura. Porém, ao considerar o domínio geral dos estudos fenomenológicos em psicologia, constata-se a regularidade de críticas à fenomenologia clássica, pondo em questão alguns pressupostos metodológicos adotados por Husserl, tendo por referência, sobretudo, seus trabalhos publicados em vida. Com base em autores contemporâneos que têm se dedicado ao estudo de suas últimas obras e manuscritos ainda não publicados, o debate em torno dessas críticas é atualizado de modo a inovar as reflexões sobre a aplicação empírica de sua fenomenologia. Verificam-se então equivalências entre a arqueologia fenomenológica das culturas e a fenomenologia genética que delineiam as primeiras orientações metodológicas para o estudo de fenômenos culturais.
Abstract This paper presents a theoretical investigation of the fundamentals and principles of classical phenomenology as a methodological approach for the study of cultural phenomena. This research is inscribed in the realm of qualitative research in psychology, therefore in the field of psychology of culture. However, in considering the general area of phenomenological studies in psychology, regular criticism of classical phenomenology is observed, questioning some methodological assumptions adopted by Husserl, referring primarily to the works published during his lifetime. Based on contemporary authors dedicated to the study of Husserl´s later works and unpublished manuscripts, the debate around these criticisms is updated to innovate reflections on the empirical application of his phenomenology. As conclusion, some equivalences between phenomenological archeology of culture and genetic phenomenology confers the first methodological guidelines for the study of cultural phenomena.
Resumen Este artículo presenta una investigación teórica de los fundamentos y principios de la fenomenología clásica como guía metodológica para el estudio de los fenómenos culturales. Esta investigación se inscribe en el campo de la investigación cualitativa en psicología y, por lo tanto, en el campo de la psicología de la cultura. Sin embargo, teniendo en cuenta el dominio general de los estudios fenomenológicos en psicología, se verifica la regularidad de críticas a la fenomenología clásica, que cuestionan algunos presupuestos metodológicos adoptados por Husserl, teniendo por referencia, sobre todo, sus obras publicadas en vida. Con base en autores contemporáneos que se han dedicado al estudio de sus obras pasadas y manuscritos no publicados, el debate en torno a estas críticas fue actualizado para innovar las reflexiones sobre la aplicación empírica de su fenomenología. Son verificadas equivalencias entre la arqueología fenomenológica de las culturas y la fenomenología genética que delinean las primeras orientaciones metodológicas para el estudio de fenómenos culturales.
Résumé Cet article présente une enquête théorique sur les fondements et les principes de la phénomenologie classique en tant que guide méthodologique pour l'étude des phénomènes culturels. Cette recherche s'inscrit dans le domaine de la recherche qualitative en psychologie et donc dans le domaine de la psychologie de la culture. Toutefois, compte tenu les études phénoménologiques en psychologie pris de façon générale, il y a la critique régulière de la phénoménologie classique, mettent en question certaines hypothèses méthodologiques adoptées par Husserl, particulièrement en ce qui concerne leurs oeuvres publiées en vie. Basé sur des auteurs contemporains qui se sont consacrés à l'étude de leurs oeuvres passées et manuscrits inédits, le débat autour de ces critiques est mis à jour et permet d'innover les réflexions sur l'application empirique de sa phénoménologie. À titre de conclusion, des équivalences entre l'archéologie phénoménologique des cultures et la phénoménologie génétique sont presentés comme des lignes méthodologiques directrices pour l'étude des phénomènes culturels.