Hipertrofia e tonsilites de repetição são indicações comuns de tonsilectomia. Entretanto, os relatórios anátomo-patológicos são semelhantes, independentemente da clínica. OBJETIVO: Buscar alterações histopatológicas que diferenciem tonsilas palatinas operadas por hipertrofia de tonsilites de repetição. MÉTODO: Estudo transversal prospectivo descritivo com 46 crianças divididas em grupos I - 22 com hipertrofia e II - 24 com tonsilites de repetição, no período de 2010 a 2012, em hospital público. Avaliamos características clínicas e histopatológicas (folículos linfáticos, centros germinativos, fibrose, necrose, reticulação, infiltração por plasmócitos e neutrófilos). RESULTADOS: A idade dos pacientes variou entre 2 e 11 anos (5,17 ± 2,28). No grupo I, metade apresentou a última infecção há sete meses ou mais e todas grau de obstrução maior que 3 (≥ 50%). No grupo II, todos apresentaram a última infecção há menos de sete meses e a maioria grau de obstrução menor que 4 (≤ 75%). Houve diferença estatisticamente significativa no grau de obstrução (p = 0,0021) e número de centros germinativos (p = 0,002), maiores no grupo I. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que o número de centros germinativos é o único critério histopatológico que pode ser utilizado para diferenciar os dois grupos.
Hypertrophy and recurrent tonsillitis are common indications of tonsillectomy. However, the pathological reports are similar, regardless of clinical aspects. OBJECTIVE: Search for histopathological changes that differentiate palatine tonsils operated because of hypertrophy vis-à-vis those operated because of recurrent tonsillitis. METHOD: A prospective cross-sectional descriptive study involving 46 children divided into group I - 22 with hypertrophy; and group II - 24 with recurrent tonsillitis, in the period between 2010 and 2012, in a public hospital. We evaluated clinical and histopathological features (lymph follicles, germinal centers, fibrosis, necrosis, reticulation, infiltration by plasma cells and neutrophils). RESULTS: The patients' ages ranged between 2 and 11 years (5.17 ± 2.28). In group I, half of the patients had had the latest infection at seven months or more, and all with obstruction degree greater than 3 (> 50%). In group II, all had had the latest infection at less than seven months, and most with obstruction degree below 4 (< 75%). There was a statistically significant difference in the degree of obstruction (p = 0.0021) and number of germinal centers (p = 0.002) was higher in group I. CONCLUSION: This study suggests that the number of germinal centers is the only histopathological criterion that can be used to differentiate the two groups.