Este trabalho teve por objetivo estudar o efeito de variações nas doses de potássio e nos níveis de estresse hídrico sobre o ajustamento osmótico e crescimento de plantas de milho (Zea mays L.). Para tanto, instalou-se um experimento em vasos que continham 40 dm³ de Terra Roxa Estruturada Latossólica textura média argilosa, em casa de vegetação telada do Departamento de Ciência do Solo, Campus de Botucatu, UNESP/SP, de dezembro de 1994 a fevereiro de 1995. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial (2 x 3 x 3). Os tratamentos consistiram da aplicação de duas doses (35 e 130 mg dm-3) de potássio na forma de KCl e três condições de estresse hídrico, sendo plantas sem estresse (S0) e plantas que sofreram estresse hídrico moderado (S1) ou intenso (S2), 44 dias após a emergência. O crescimento das plantas foi avaliado em três épocas, aos 55, 69 e 83 dias da emergência. Da análise geral dos resultados pôde-se inferir que as folhas das plantas de milho se ajustaram osmoticamente com relação as doses de potássio, em condições de estresse hídrico moderado. Não houve efeito dos estresses hídricos na acumulação de K, Ca e Mg nas folhas; no entanto, a maior dose de K aplicado ao solo proporcionou, em todas as épocas, maior teor deste nutriente e menores de Ca e de Mg nas folhas. Os níveis de estresse utilizados não influíram na área foliar, mas o maior teor de água no solo aumentou a produção de matéria seca das partes e, principalmente, da planta toda, mostrando ser esta última a melhor característica para avaliação do déficit de água na planta. A maior dose de K proporcionou maior área foliar e produção de matéria seca às partes e à planta toda; no entanto, não influenciou o comportamento de nenhum índice fisiológico estudado. O maior teor de água no solo mostrou menores valores de área foliar específica (AFE), razão de área foliar (RAF) e razão de massa foliar (RMF). A adição de potássio não melhorou o crescimento da cultura, quando o fornecimento de água foi limitado. No entanto, as plantas mais bem nutridas em potássio produziram mais massa, independentemente dos níveis de água utilizados, indicando melhor produção de matéria seca destas plantas.
The objective of this research was to evaluate the effects of potassium rates and water stress levels on the growth of maize (Zea mays, L.) plants. A pot (40 dm³) experiment was carried out using a "Terra Roxa Estruturada Latossólica", an Alfisol intergrade to Oxisol, clayey loam soil, in Botucatu - São Paulo, Brazil, from December 1994 to February 1995. The experimental design was a randomized block with a (2 x 3 x 5) factorial distribution of the treatments. Two potassium rates (35 and 130 mg dm-3, as KCl) and three water stress levels were studied: no water stress (S0), moderate (S1) and intense (S2) levels, from the 44th day after emergence. All pots were irrigated to maximum soil water potentials (-0,0106 MPa) when the soil water potentials reached -0,0232, -0,0484 and -1,5 MPa for the S0, S1 and S2 treatments, respectively. Plant growth was evaluated during five periods, being the first at 27 days after emergence and each 14 days thereafter. The osmotic adjustment in leaves was measured using the volume-pressure technique. The leaves exhibited osmotic adjustment to potassium levels under moderated water stress. There were no effects of applied water stress levels on the contents of K, Ca and Mg in the leaves; however, the highest rate of potassium promoted the highest concentration of this nutrient and the lowest of Ca and Mg for all periods. The water stress levels did not affect the leaf area; however, the highest water level in soil increased the dry matter of all the components and mainly of the whole plant, the latter being the best parameter to evaluate water deficits. Potassium increased the leaf area, but did not affect any of the studied physiological indices. Water stress increase led to a decrease of the specific leaf area, leaf area rate and leaf matter rate. Potassium did not improve plant growth with limited water supply. However, those plants best supplied with potassium showed the highest mass production, regardless of the applied water levels, suggesting improved crop production.