O estudo teve como objetivo avaliar o consumo de leite, a ingestão dietética de cálcio e os padrões de nutrientes (favoráveis e desfavoráveis à saúde óssea) do final da adolescência até o início da idade adulta sobre a massa óssea aos 22 anos de idade. Foram realizadas análises transversais em 3.109 participantes da coorte de nascimentos de 1993 de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, nos acompanhamentos realizados aos 18 e 22 anos de idade. Aos 22 anos, foi avaliada a densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar, do fêmur direito e do corpo inteiro, utilizando absorciometria de raios-x de dupla energia (DXA). As variáveis de exposição (cálcio dietético, leite e padrões de nutrientes) foram criadas pela combinação das frequências de consumo entre os dois acompanhamentos (sempre baixo, moderado, sempre alto, aumentado ou diminuído). Foram realizadas análises de regressão linear múltipla, estratificadas por sexo. No fêmur direito, homens classificados nas categorias de consumo de leite “sempre alto” (média = 1,148g/cm²; IC95%: 1,116; 1,181) e “aumentado” (média = 1,154g/cm²; IC95%: 1,135; 1,174) apresentaram DMO ligeiramente baixa, comparado com as categorias de consumo “sempre baixo” (média = 1,190 g/cm²; IC95%: 1,165; 1,215) e “moderado” (média = 1,191g/cm²; IC95%: 1,171; 1,210). Além disso, os homens sempre classificados no tercil mais alto do padrão “favorável à saúde óssea” apresentaram a média mais baixa de DMO de corpo inteiro (média = 1,254g/cm²; IC95%: 1,243; 1,266). Não foram observadas associações entre as categorias de ingestão de cálcio dietético e do padrão “favorável à saúde óssea” e cada um dos três desfechos de DMO. Os resultados corroboram o fato de que dietas constituídas de alimentos e nutrientes inibidores podem afetar negativamente a saúde óssea.
The objective of this study is to evaluate the effect of milk consumption, dietary calcium intake and nutrient patterns (bone-friendly and unfriendly patterns) from late adolescence to early adulthood, on bone at 22 years of age. Cross-sectional analysis was performed with 3,109 participants from 1993 Pelotas (Brazil) birth cohort in the follow-ups of 18 and 22 years of age. Bone mineral density (BMD) of the lumbar spine, right femur and whole body were assessed at 22 years using a dual-energy X-ray absorptiometry (DXA). The exposure variables (dietary calcium, milk and nutrient patterns) were created by combining the consumption frequencies between the two follow-ups (always low, moderate, high, increase or decrease). Multiple linear regressions were performed, stratified by sex. In the right femur site, men classified into the “always high” (mean = 1.148g/cm²; 95%CI: 1.116; 1.181) and “increased” categories of milk consumption (mean = 1.154g/cm²; 95%CI: 1.135; 1.174) presented a slightly low BMD comparing with low (mean = 1.190g/cm²; 95%CI: 1.165; 1.215) and moderate (mean = 1.191g/cm²; 95%CI: 1.171; 1.210) categories. In addition, men always classified in the highest tertile of the “bone-unfriendly” pattern presented the lowest mean of whole body BMD (mean = 1.25g/cm²; 95%CI: 1.243; 1.266). No associations were observed between the categories of dietary calcium intake and “bone-friendly” pattern and each of the three BMD outcomes. These results point to the fact that diets composed of inhibiting foods/nutrients can contribute negatively to bone health.
El objetivo de este estudio es evaluar el efecto del consumo de leche, ingesta dietética de calcio y patrones nutricionales (beneficiosos y no beneficiosos para los huesos), desde la adolescencia tardía hasta la etapa adulta temprana, en huesos con 22 años de edad. Se realizó un análisis transversal con 3.109 participantes procedentes de la cohorte de nacimiento de 1993 en Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, con seguimientos a los 18 y 22 años de edad. Se evaluó la densidad mineral ósea de la columna lumbar, fémur derecho y todo el cuerpo a los 22 años, utilizando densitometría ósea por absorción de rayos X (DXA). Las variables de exposición (calcio dietético, leche y patrones nutricionales) se crearon mediante la combinación de las frecuencias de consumo entre los dos seguimientos (siempre bajo, moderado, alto, incremento o disminución). Se realizaron regresiones múltiples lineales, estratificadas por sexo. En la zona del fémur derecho, los hombres fueron clasificados en “siempre alto” (media = 1,148g/cm²; IC95%: 1,116; 1,181) e “incrementado” en las categorías de consumo de leche (media = 1,154g/cm²; IC95%: 1,135; 1,174) presentó una ligeramente baja densidad mineral ósea (DMO), comparándolas con las categorías bajas (media = 1,190g/cm²; IC95%: 1,165; 1,215) y moderadas (media = 1,191g/cm²; IC95%: 1,171; 1,210). Asimismo, los hombres siempre fueron clasificados en el tercil más alto del patrón “no beneficioso para los huesos”, puesto que presentaron la media más baja de todo el cuerpo de DMO (media = 1,254g/cm²; IC95%: 1,243; 1,266). No se observaron asociaciones entre las categorías de ingesta de calcio dietético y los patrones “beneficiosos para los huesos” en cada uno de los tres resultados de DMO. Estos resultados indican el hecho de que las dietas que inhiben alimentos/nutrientes pueden contribuir negativamente en la salud de los huesos.