RESUMO Visando realizar a comparação de diferentes métodos de preservação na manutenção em laboratório de isolados de Verticillium spp. e a sua caracterização morfofisiológica foi realizado o presente estudo. Para os testes de viabilidade, culturas de V. dahliae isoladas de plantas de berinjela, tomate, amendoim, quiabo e jiló e V. albo-atrum isolado de plantas de batata, com amostras preservadas pelos métodos de repicagens periódicas, água destilada, liofilização e óleo mineral, foram transferidas para meio de cultura BDA e AA. Ocorrendo o crescimento da cultura foram realizadas inoculações experimentais em solo com o hospedeiro original para constatar a manutenção da patogenicidade. Para a caracterização morfofisiológica os isolados foram cultivados em meio Czapeck e inoculados em diferentes hospedeiros. Os resultados obtidos permitem concluir que, para o gênero Verticillium, o método de Castellani (água destilada) seja o mais eficiente, pois, além das plantas inoculadas apresentarem sintomas mais rapidamente também, os isolados demonstraram maior agressividade. Em Czapeck, os isolados IB02/01 e IB247 foram os que apresentaram maior quantidade de microesclerócios, pois todo o reverso da placa apresentou coloração negra. Os isolados IB669, IB829 e IB752 desenvolveram micélio branco e delicado, com formação de pequena quantidade de microesclerócios somente na região central da placa. IB7/75 apresentou micélio muito delicado e sem a presença de microesclerócios. As inoculações cruzadas possibilitaram constatar que as plantas de quiabo foram mais suscetíveis a isolados obtidos de diferentes hospedeiros, enquanto que as plantas de amendoim, tomate e berinjela foram as menos suscetíveis, infectadas somente pelo isolado original. O isolado IB 7/ 75 – V. albo-atrum foi capaz de infecção e murcha em plantas de batata, hospedeiro original, mas também nas plantas de pepino, utilizadas para a diferenciação das espécies V. dahliae e V. albo-atrum, comprovando a identificação desta cultura.
ABSTRACT The present study was conducted to compare different laboratory preservation methods and to realize physiological characterization of Verticillium sp. For the viability tests, samples of V. dahliae from eggplants, tomato, peanuts, okra plants and Solanum gilo, as well as V. albo-atrum from potato plants preserved by periodic transfers, Castellani’s method or distilled water, liophylization and mineral oil were transferred to culture media PDA and AA. Only 4 isolates had samples preserved by liophylization, and only 1 isolate had samples in mineral oil (OM). Upon culture growth, experimental inoculations in soil were conducted for the tests of pathogenicity in the original host. For the morphologic characterization, the cultures were cultured in Czapeck culture medium and for physiological characterization the cultures were inoculated in the various hosts from which they had been isolated. The results showed that Castellani’s method is the most efficient to preserve this fungus genus, because the plants inoculated with samples preserved by this method presented symptoms more quickly and the pathogen was more aggressive. In Czapeck, IB02/01 and IB247 presented the greatest amount of microslerotia, as the entire back of the plate presented black coloration. The cultures IB669, IB829 and IB752 had white and delicate mycelium with a little formation of microesclerotia. Isolate IB7/75 presented a mycelium without microeslerotia. The crossed inoculations showed that okra plants were more susceptible, while the peanut, tomato and eggplant were less susceptible, only infected by the original isolate. Isolate IB7/75 (V. albo-atrum), was able to cause infection in potato plants (original host) and also infected cucumber plants, used for the differentiation of species V. dahliae and V. albo-atrum, proving the correct identification of this culture.