RESUMO O objetivo deste artigo consiste em discutir a relação entre história, literatura e memória, procurando demonstrar a importância das duas fontes para a construção da representação historiográfica em relação à Revolta de Carrancas (1833). A partir da análise do poema “Levante”, de Oswald de Andrade, publicado em 1925 na obra Pau Brasil, procurar-se-á estabelecer um diálogo com os resultados da pesquisa sobre a memória oral da insurreição. Levanta-se a hipótese de que o referido poema está associado à memória senhorial e coletiva da revolta, tendo esta atravessado os séculos, chegando até os dias atuais.
ABSTRACT This article aims at discussing the relationship between history, literature, and memory to demonstrate the importance of two sources that constructed the historiographical representation of the Carrancas Revolt (1833). Based on the analysis of the poem Levante by Oswald de Andrade, published in the work Pau Brasil in 1925, we attempt to establish a dialogue with research results on the oral memory of the insurrection. We explore the hypothesis that the poem is associated with a collective memory of the revolt, as well as the memory derived from the slaveholders’ perspective, both having persisted over the last centuries.
RESUMEN El objetivo de este artículo es discutir la relación entre historia, literatura y memoria, tratando de demostrar la importancia de las dos fuentes en la construcción de la representación historiográfica de la Revuelta de Carrancas (1833). A partir del análisis del poema Levante, de Oswald de Andrade, publicado en 1925, en la obra Pau Brasil, se intentará dialogar con los resultados de la investigación sobre la memoria oral de la insurrección. Se plantea la hipótesis de que el mencionado poema está asociado a la memoria señorial y colectiva de la revuelta, que ha atravesado los siglos, llegando hasta nuestros días.