A traça-das-crucíferas (TDC) é a praga mais importante do repolho, sendo basicamente controlada por inseticidas. Em alguns casos, as lavouras são pulverizadas duas a quatro vezes por semana, sem sucesso. Isto acontece porque, em muitos casos, são empregados inseticidas ineficientes, para os quais a praga já apresenta resistência. Trabalhos anteriores demonstraram ser possível determinar os inseticidas ineficazes para o controle da TDC em testes de laboratório, através do uso da dosagem recomendada. Neste trabalho foram coletadas larvas e pupas do inseto nos estados do Ceará (Tianguá), Minas Gerais (Barroso), Bahia (Mucugê), Mato Grosso (Sinop) e no Distrito Federal (Brazlândia e Embrapa Hortaliças). As populações foram criadas em laboratório e, dependendo do número de larvas de primeira geração, estas foram tratadas com as dosagens recomendadas de abamectin, acefato, B. thuringiensis, cartap, clorfluazuron, deltametrina e spinosad. Foi previamente assumido que um inseticida eficiente seria aquele que causasse a mortalidade de mais de 90% das larvas. Os resultados mostraram que a eficiência dos inseticidas variou entre as diferentes áreas. Spinosad causou a mortalidade de l00% das larvas em todos os locais. Foram ineficientes acefato, B. thuringiensis e cartap em Tianguá; abamectin em Brazlândia e clorfluazuron em Mucugê. Deltametrina não foi eficiente no controle das populações da praga coletadas em nenhuma das áreas geográficas amostradas. Conclui-se que as populações de traça-das-crucíferas brasileiras são resistentes a um ou mais ingredientes ativos e programas de manejo de resistência a inseticidas em TDC devem ser implementados.
The Diamondback Moth (DBM) is an important brassica pest and is controlled by several types of insecticides. On some occasions, the fields are sprayed two-four times per week without success. Sometimes this occurs because ineffective insecticides are used. Works showed that laboratory tests using the recommended field rate of insecticides can detect the ineffective ones. Here, we collected DBM larvae and pupae from the States of Ceará (Tianguá), Minas Gerais (Barroso), Bahia (Mucugê), Mato Grosso (Sinop) and the Federal District (Brazlândia and Embrapa Hortaliças). We reared the populations in the laboratory and larvae of the first laboratory generation were treated with the recommended field rate of abamectin, acephate, B. thuringiensis, cartap, chlorfluazuron, deltamethrin, and spinosad. We previously determined that an effective insecticide should cause more than 90% larval mortality. Insecticide effectiveness was different from field to field. Spinosad killed 100% of larvae; acephate, B. thuringiensis and cartap killed less than 90% of the larvae in Tianguá; abamectin and chlorfluazuron did not control the insect in Brazlândia and Mucugê respectively. Deltamethrin was inneffective in all areas tested. Diamondback Moth populations were resistant to one or more active ingredients and programmes to manage insecticide resistance must be implemented in Brazil.