Resumo A placenta é o órgão de ligação entre a égua e o potro e é um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento fetal e pelas características morfométricas do neonato. Essa função se torna cada vez mais importante porque os estudos indicam que as características físicas dos potros predizem o seu desenvolvimento na vida adulta. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi correlacionar número de partos (1-5) e características maternas de éguas com as características placentárias e o tamanho do potro. As éguas foram categorizadas em grupos de acordo com o número de partos sendo G1: 1 parto (n=4); G2: 2 partos (n=6); G3: 3 partos (n=7); G4: 4 partos (n=5); e G5: 5 partos (n=3). Como principais resultados obtidos, o perímetro torácico e o peso da égua pré- e pós-parto influenciaram positivamente peso (p=0,004/ R= 0,51; p=0,002/ R= 0,55; p=0,01/ R= 0,43), altura (p=0,0005/ R= 0,60; p=0,001/ R= 0,57; p=0,005/ R= 0,50) e perímetro torácico (p=0,0001/ R= 0,65; p≤0,0001/ R= 0,71; p=0,0002/ R= 0,64) dos potros ao nascimento. Éguas com maior peso corporal no pré-parto apresentaram maior peso placentário (p=0,01/R= 0,45) e pariram potros mais pesados (p=0,003/ R= 0,52) com maior perímetro torácico (p=0,01/ R= 0,45). Os neonatos de éguas do G4 foram os mais pesados, indicando que provavelmente o maior tamanho uterino em éguas pluríparas permita uma maior cobertura placentária, maior área de contato materno fetal e provavelmente maior aporte de nutrientes ao feto.
Abstract The placenta connects the mare and the foal and it is one of the main organs responsible for fetal development and newborn’s morphometric characteristics. This function becomes even more important because a number of studies indicates that foals physical characteristics are able to predict their development in adult life. Therefore, the aim of this study was to correlate mares parity (1-5) and maternal characteristics with placental characteristics as well as foals size. Mares were categorized according to parity in G1: 1 parturation (n=4); G2: 2 parturations (n=6); G3: 3 parturations (n=7); G4: 4 parturations (n=5); and G5: 5 parturations (n=3). Results indicate that the mares pre- and post-parturition thoracic perimeter and weight had a positive correlation on foals weight (p=0.004/ R= 0.51; p=0.002/ R= 0.55; p=0.01/ R= 0.43), height (p=0.0005/ R= 0.60; p=0.001/ R= 0.57; p=0.005/ R= 0,50), and thoracic perimeter (p=0.0001/ R= 0.65; p≤0.0001/ R= 0.71; p=0.0002/ R= 0.64) at birth. Mares that were heavier at pre-partum had greater placental weight (p=0.01/R= 0.45) and delivered heavier foals (p=0.003/ R= 0.52) with greater thoracic perimeter (p=0.01/ R= 0.45). Foals of mares in G4 were heavier, probably indicating that the greater uterine size in multiparous mares allows greater placental coverage, greater fetomaternal surface contact and probably greater supply of nutrient to the fetus.