Insetos indutores de galhas, também denominados cecidógenos, são considerados mais especializados por possuírem interação direta com tecidos internos da planta, modificando-os em seu benefício e tornando-se mais dependentes da espécie hospedeira. Este estudo investigou a fauna de insetos galhadores em espécies hospedeiras da Caatinga, em ambientes com diferentes intensidades de ação antrópica. As áreas foram selecionadas de acordo com uma escala de sucessão ecológica (preservadas, intermediárias e antropizadas), sendo três réplicas de cada, totalizando nove áreas. Em cada área foram amostradas oito parcelas de 10 m² cada, distanciadas 10 m entre si. Foram encontrados 25 morfotipos de galhas distribuídos em 18 espécies hospedeiras pertencentes a oito famílias vegetais. Fabaceae foi a família com maior riqueza de galhas, com seis morfotipos, sendo Caesalpinia pyramidalis Tul. a espécie com maior número de galhas, com quatro morfotipos. Em relação aos órgãos atacados, 68% das galhas ocorreram em folhas, 28% em ramos e 4% em botões florais. A maioria das galhas encontradas ocorreu isoladamente (84%), glabra (56%) e de formas esféricas (32%), amorfas (28%), discoides (12%) e globoides (12%). No estrato arbóreo foi encontrada a maior riqueza de galhas, com 16 morfotipos, seguido do estrato arbustivo e herbáceo, respectivamente com sete e dois morfotipos. A riqueza de galhas sofreu influência do grau de conservação das áreas, e houve diferenças entre os ambientes preservados e antropizados.
Gall-inducing insects, also called cecidogens, are regarded as more specialized because they present direct interaction with internal tissues of the plant, modifying them in its benefit and because of that, becoming more dependent of the host species. The present study investigated the fauna of gall-inducing insects in plants from environments with different intensities of anthropic action in the Caatinga. The areas were selected according to an ecological succession scale (preserved, intermediate and anthropic areas), with three replicates each, totaling nine areas. Eight 10 m² plots were sampled in each area, separated by an interval of 10 m. It was found 25 morphotypes of galls in 18 host species of eight plant families. The family Fabaceae bears the largest number of morph-species of gall, with six morphotypes and Caesalpinia pyramidalis Tul. presents four morphotypes. The majority of galls was found on leaves (68%) followed by stems (28%) and bud flowers (4%). The galls occurred isolated (84%), glabrous (56%), most are spherical (32%), amorf (28%), discoids (12%) and globoids (12%). The greatest richness of galls was found in the tree layer, with sixteen morphotypes followed by shrub (7) and herbaceous (2). The richness of galls was influenced by the degree of conservation of the studies areas. There were differences between the preserved and anthropic areas.