O artigo discute a descentralização buscando conciliar o campo jurídico com o político, relatando as diferenças quanto à conceitualização e operacionalização do conceito nestas duas áreas do conhecimento. A descentralização é apresentada como um fenômeno decorrente da descentralização, abrigando, com isso, as possibilidades de promover uma democratização da tomada de decisões ou um acirramento do controle político do "coronelismo" nas relações políticas. Objetiva demonstrar a relação existente entre o federalismo e a descentralização, partindo do pressuposto de que existem vários tipos de descentralização, os quais podem ou não ocorrer ao mesmo tempo. Além disso, discute a implementação das reformas que visaram instaurar a descentralização e seus resultados efetivos. Para efeito de conclusão, busca demonstrar que o processo de descentralização não é automático e as previsões legais não são naturalmente transformadas em práticas sociais.
This article discusses decentralization in an attempt to reconcile juridical and political fields of knowledge, pointing to the characteristic differences between them in terms of the way they conceive and operationalize the concept. Decentralization is presented as a phenomenon flowing from democratization, holding possibilities for both the democratization of decision-making or the strengthening of traditional forms of political control ("coronelismo") within political relations. We attempt to demonstrate the relationship existing between federalism and decentralization, starting from the premise that there are several types of decentralization which may or may not occur simultaneously. Furthermore, we dicuss the implementation of reforms that were meant to promote decentralization as well as their actual results. In conclusion, we attempt to demonstrate that the decentralization process is not automatic and that legal clauses do not necessarily translate into social practices.
L'article discute la décentralisation en cherchant concilier le domaine juridique avec le politique, en rapportant les différences par rapport à la conceptualisation et l'opérationnalisation du concept dans ces deux domaines de la connaissance. La décentralisation est présentée comme un phenomène dérivé de la décentralisation, accueillant ainsi, les possibilités de promouvoir une démocratisation de la prise de décisions ou une stimulation du contrôle politique de la "politique des colonels" dans les relations politiques. Le but c'est de montrer la relation existante entre le fédéralisme et la décentralisation, en partant de l'idée selon laquelle il existe plusieurs types de décentralisation, qui peuvent ou ne peuvent pas se produire au même temps. D'ailleurs, nous avons la discussion de la mise en oeuvre des réformes qui ont visé l'instauration de la décentralisation et ses résultats effectifs. Comme conclusion, il cherche à montrer que le processus de décentralisation n'est pas automatique et les prévisions légales ne deviennent pas naturellement des pratiques sociales.