RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do exercício passivo precoce em cicloergômetro na espessura muscular (EM) do quadríceps femoral (EMQ) de pacientes críticos admitidos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital universitário terciário. O método utilizado foi um estudo-piloto randomizado controlado conduzido em uma amostra de 24 pacientes (51±18,11 anos, 16 do sexo masculino), com 24 a 48 horas de ventilação mecânica (VM), aleatoriamente divididos em dois grupos: grupo-controle (n=12), que recebeu a fisioterapia convencional; e grupo-intervenção (n=12), que recebeu o exercício passivo em cicloergômetro, uma vez ao dia, durante o período de sete dias do protocolo, em adição à fisioterapia convencional. A EMQ foi mensurada através da ultrassonografia. A primeira medida ultrassonográfica foi realizada entre as primeiras 48 horas de VM e a segunda ao término do protocolo. Não houve diferenças significativas na EMQ esquerda (27,29±5,86mm vs. 25,95±10,89mm; p=0,558) e direita (24,96±5,59mm vs 25,9±9,21mm; p=0,682) do grupo-controle e na EMQ esquerda (27,2±7,38mm vs 29,57±7,89mm; p=0,299) e direita (26,67±8,16mm vs 28,65±8,04mm; p=0,381) do grupo-intervenção. Na comparação entre os grupos, não houve alterações significativas em relação à EMQ esquerda (3,61±1,07mm; p=0,248) e a EMQ direita (2,75±0,85mm; p=0,738). Os resultados deste estudo-piloto demonstraram que a aplicação precoce do exercício passivo em cicloergômetro não promoveu mudanças significativas na espessura da camada muscular avaliada. No entanto, nossos achados sinalizam que a fisioterapia convencional foi capaz de preservar a EMQ de pacientes críticos admitidos em UTI.
ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the effects of early passive cycling exercise on quadriceps femoris thickness (QFT) in critically ill patients admitted in the intensive care unit (ICU) of a tertiary care university hospital. A controlled randomized pilot study was conducted with a sample of 24 patients (51±18.11 years, 16 male), on mechanical ventilation (MV) from 24 to 48 hours, who were randomly divided into two groups: control group (n=12), receiving conventional physical therapy; and an intervention one (n=12), receiving passive cycle ergometer, once a day, throughout seven days of protocol, in addition to conventional physical therapy. The QFT was measured by ultrasonography. The first ultrasonographic measurement was performed within 48 hours after the start of MV, and the second at the end of the protocol. There were no significant differences in QFT of the left (27,29±5,86mm vs 25,95±10,89mm; p=0,558) and right (24,96±5,59mm vs 25,9±9,21mm; p=0,682) in the control group, and in QFT of the left (27,2±7,38mm vs 29,57±7,89mm; p=0,299) and right (26,67±8,16mm vs 28,65±8,04mm; p=0,381) in the intervention group. There were no significant between-groups differences for left QFT (3,61±1,07mm; p=0,248) and right QFT (2,75±0,85mm; p=0,738). The results of this pilot study demonstrate that application of early passive cycle ergometer exercises has not significantly change the muscle layer thickness. However, our findings indicate that conventional physical therapy is able to preserve the quadriceps femoris thickness in critically ill patients admitted in ICU.
RESUMEN El presente estudio tuvo como objetivo evaluar los efectos del ejercicio pasivo precoz en cicloergómetro en el espesor muscular (EM) del cuádriceps femoral (EMC) de pacientes críticos ingresados en una Unidad de Cuidados Intensivos (UCI) de un hospital universitario terciario. Se utilizó como método un estudio piloto aleatorizado controlado con una muestra de 24 pacientes (51±18,11 años, 16 varones), con 24 a 48 horas de ventilación mecánica (VM), quienes fueron divididos aleatoriamente en dos grupos: grupo de control (n=12), que recibió fisioterapia convencional; y grupo intervención (n=12), que recibió el ejercicio pasivo en cicloergómetro una vez al día durante el período de protocolo de siete días, además de la fisioterapia convencional. El EMC se midió por ecografía. La primera medición ecográfica se realizó entre las primeras 48 horas de VM, y la segunda al final del protocolo. No hubo diferencias significativas en el EMC izquierdo (27,29±5,86 mm vs. 25,95±10,89mm; p=0,558) y derecho (24,96±5,59mm vs 25,9±9,21mm; p=0,682) del grupo de control; y en el EMC izquierdo (27,2±7,38mm vs 29,57±7,89mm; p=0,299) y derecho (26,67±8,16mm vs 28,65±8,04mm; p=0,381) del grupo intervención. En la comparación entre grupos, no hubo cambios significativos en el EMC izquierdo (3,61±1,07 mm; p=0,248) y en el EMC derecho (2,75±0,85 mm, p=0,738). Los resultados de este estudio piloto demostraron que la aplicación precoz del ejercicio pasivo en cicloergómetro no promovió cambios significativos en el espesor de la capa muscular evaluada. Sin embargo, nuestros hallazgos indican que la fisioterapia convencional pudo preservar el EMC de pacientes críticos ingresados en la UCI.