INTRODUÇÃO: A introdução da técnica laparoscópica em 1985 foi um fator importante na colecistectomia por representar técnica menos invasiva, resultado estético melhor e menor risco cirúrgico comparado ao procedimento laparotômico. OBJETIVO: Comparar a colecistectomia laparoscópica e a minilaparotômica no tratamento da colecistolitíase. MÉTODOS: Realizou-se busca eletrônica nas bases de dados Medline, Embase, Cochrane e Lilacs. Os descritores utilizados foram "Cholecystectomy", "Cholecystectomy, Laparoscopic" e "Laparotomy". A qualidade metodológica dos estudos primários foi avaliada pelo sistema Grade. RESULTADOS: Foram incluídos dez ensaios clínicos randomizados, totalizando 2043 pacientes, sendo 1020 no grupo Laparoscopia e 1023 no grupo Minilaparotomia. A colecistectomia laparoscópica dispensou menor tempo de permanência hospitalar (p<0,00001) e de retorno às atividades laborais (p<0,00001) comparado à minilaparotomia, e esta menor tempo cirúrgico (p<0,00001) comparado à laparoscopia. A laparoscopia diminuiu o risco de dor pós-operatória (NNT=7) e de complicações infecciosas (NNT=50). Não houve diferença estatística entre os dois grupos em relação à conversão (p=0,06) e reintervenções cirúrgicas (p=0,27), perfuração da vesícula (p=0,98), incidência de injúria do ducto biliar comum (p=1,00), infecção de sítio operatório (p=0,52) e íleo paralítico (p=0,22). CONCLUSÃO: Na colecistolitíase, a colecistectomia laparoscópica está associada à menor incidência de dor pós-operatória e complicações infecciosas, assim como menor tempo de internação hospitalar e tempo de retorno às atividades laborais se comparada à colecistectomia minilaparotômica.
INTRODUCTION: A introdução da técnica laparoscópica em 1985 foi um fator importante na colecistectomia por representar técnica menos invasiva, resultado estético melhor e menor risco cirúrgico comparado ao procedimento laparotômico. AIM: To compare laparoscopic and minilaparotomy cholecystectomy in the treatment of cholelithiasis. METHODS: A systematic review of randomized clinical trials, which included studies from four databases (Medline, Embase, Cochrane and Lilacs) was performed. The keywords used were "Cholecystectomy", "Cholecystectomy, Laparoscopic" and "Laparotomy". The methodological quality of primary studies was assessed by the Grade system. RESULTS: Ten randomized controlled trials were included, totaling 2043 patients, 1020 in Laparoscopy group and 1023 in Minilaparotomy group. Laparoscopic cholecystectomy dispensed shorter length of hospital stay (p<0.00001) and return to work activities (p<0.00001) compared to minilaparotomy, and the minilaparotomy shorter operative time (p<0.00001) compared to laparoscopy. Laparoscopy decrease the risk of postoperative pain (NNT=7) and infectious complications (NNT=50). There was no statistical difference between the two groups regarding conversion (p=0,06) and surgical reinterventions (p=0,27), gall bladder's perforation (p=0,98), incidence of common bile duct injury (p=1.00), surgical site infection (p=0,52) and paralytic ileus (p=0,22). CONCLUSION: In cholelithiasis, laparoscopic cholecystectomy is associated with a lower incidence of postoperative pain and infectious complications, as well as shorter length of hospital stay and time to return to work activities compared to minilaparotomy cholecystectomy.