En las últimas décadas, las principales acciones tomadas en relación al manejo pesquero en embalses brasileros (control, stock y construcción de escaleras para peces) fueron, en general, ineficientes. Las razones que condujeron a esta ineficiencia pueden ser atribuídas a la escasez de información, limitación de recursos financieros y humanos, y a la falta de monitoreos. Estas razones fueron, aparentemente, basadas en un paradigma ("desierto biológico"), que luego se demostró equívoco. La tendencia de basar acciones conforme un nuevo paradigma, actualmente vigente ("biomanipulación"), se muestra promisoria. Este nuevo paradigma incorpora una visión más holística de las pesquerías (el ambiente, el pescador, el pez) y presupone monitoreo y retroalimentación. Además, para que el manejo sea efectivo, se debe considerar el concepto de cuenca hidrográfica y el de uso múltiple, reconociendo las limitaciones biológicas, políticas y socio económicas en el proceso decisivo.
In the last decades, main actions related to fisheries management in Brazilian reservoirs (regulations, stocking, and construction of fish ladders) were, in general, not successful. Reasons for that were shortage of scientific information, limitations of financial and human resources, and absence of monitoring. Apparently these actions were based on a paradigm ("biological deserts") which revealed itself misleading. The tendency of supporting the actions according to the ongoing paradigm ("biomanipulation") seems to be promising. This paradigm incorporates a more holistic view of the fisheries (environment, fishermen and fish) and considers monitoring and feedback. Moreover, for an effective management the concept of hydrographic basins and multiple uses must be considered, recognizing biological, political, and socio-economic limitations in the decision making process.
Nas últimas décadas, as principais ações tomadas em relação ao manejo da pesca em reservatórios brasileiros (controle, estocagem e construção de escadas de peixe) foram, em geral, ineficientes. As razões do insucesso podem ser atribuídas à escassez de informações, limitações de recursos financeiros e humanos e, a falta de monitoramento. Estas ações foram, aparentemente, baseadas em um paradigma ("deserto biológico"), que se revelou equivocado. A tendência de pautar as ações conforme um novo paradigma, agora vigente ("biomanipulação"), revela-se promissora. Esse novo paradigma incorpora uma visão abrangente do sistema de pesca (o ambiente, o pescador e o peixe) e pressupõe monitoramento e retroalimentação. Além disso, para que o manejo seja efetivo, deve considerar o conceito de bacia hidrográfica e usos múltiplos, reconhecendo as limitações biológicas, políticas e sócio-econômicas no processo decisório.