Resumo Objetivo: Identificar e classificar as alterações radiológicas no megaesôfago chagásico no esofagograma e na radiografia simples de tórax. Materiais e Métodos: Foram estudados 35 pacientes com diagnóstico de esofagopatia na manometria. As alterações encontradas no esofagograma foram estratificadas segundo a classificação de Rezende, dividida em quatro categorias, determinadas pelo grau de dilatação e alteração da motilidade do esôfago. Também foi realizada correlação desta classificação com os achados na radiografia de tórax: presença ou ausência de bolha gástrica, nível líquido e alargamento do mediastino. Resultados: A distribuição encontrada, segundo a classificação de Rezende, foi: grau I - 25,7% (9/35); grau II - 8,6% (3/35); grau III - 54,3% (19/35); grau IV - 11,4% (4/35). Nenhum paciente grau I apresentou alterações na radiografia simples. No grau II, o único achado foi a ausência da bolha gástrica (2/3). No grau III, 15 dos 19 pacientes apresentaram achados anormais na radiografia. Já no grau IV, em todos os quatro pacientes identificaram-se anormalidades no exame simples. Conclusão: A classificação de Rezende é praticável, encontrando-se desde achados sutis caracterizando os graus iniciais até a completa acinesia do dolicomegaesôfago. Os achados na radiografia de tórax são mais frequentes em pacientes com estágios avançados da doença e podem fazer aventar o grau da esofagopatia chagásica.
Abstract Objective: To identify and classify the radiographic patterns of megaesophagus in Chagas disease, as seen on esophagograms and chest X-rays. Materials and Methods: This was a prospective study of 35 patients diagnosed with esophageal disease via manometry. The changes found on esophagograms were stratified according to Rezende's classification, divided into four categories (grades I through IV) determined by the degree of dilatation and impairement of esophageal motility. We subsequently correlated that ranking with the chest X-ray findings: gastric air bubble; air-fluid level; and mediastinal widening. Results: Among the 35 patients, the esophageal disease was classified as grade I in 9 (25.7%), grade II in 3 (8.6%), grade III in 19 (54.3%), and grade IV in 4 (11.4%). None of the patients with grade I esophageal disease showed changes on chest X-rays. In two of the three patients with grade II disease, there was no gastric air-bubble, although there were no other findings in any of the grade II patients. Of the 19 patients with grade III disease, 15 had abnormal findings on X-rays. All four patients with grade IV disease showed abnormalities. Conclusion: The use of Rezende's classification is feasible, encompassing findings ranging from the subtle changes that characterize the initial phases of esophageal disease to the complete akinesia seen in dolicomegaesophagus. Chest X-ray findings are more common in patients with advanced stages of the disease and indicate the degree of esophageal involvement in Chagas disease.