Abstract In this article, we challenge the myth of the ontological homogeneity of Western medicine, based on biology, when it comes to the health care of a population invented as LGBT. On the other hand, we point to a discursive heterogeneity that is constitutive of the field of medicine itself, based on an exercise that combines interviews conducted with doctors in the city of Aracaju, Sergipe, and lines of force from the work of Michel Foucault. The argument shows how ongoing biopolitical shifts imply fractures, contingencies, and ambivalences in the medical apparatus. Two additional ways of ‘making’ the ‘LGBT population’ are thus explored: moral vigilance in the face of prejudice, and the naturalization of sexual behavior through genetics, which is not possible without reckoning with gender norms. In this way, we can see how medicine is configured in a field of heterogeneous multiplicities and is therefore not as biomedical as it seems. article biology LGBT hand itself Aracaju Sergipe Foucault fractures contingencies apparatus ‘making making explored prejudice genetics norms way seems
Resumo Nesse artigo, nós interrogamos o mito da homogeneidade ontológica da medicina ocidental, calcada na biologia, quando se trata de cuidados em saúde com uma população inventada como LGBT. Por outra via, nós sinalizamos para uma heterogeneidade discursiva constitutiva do próprio campo da medicina a partir de um exercício de conectar entrevistas realizadas com médicos/as na cidade de Aracaju, Sergipe, e linhas de força do trabalho de Michel Foucault. O argumento aponta para como deslocamentos biopolíticos em curso implicam fraturas, contingências e ambivalências do aparato médico. Dois modos suplementares de “fazer” a “população LGBT” são, assim, explorados: a vigilância moral diante dos preconceitos e a naturalização das condutas sexuais via genética, algo que não se faz sem ter que acertar as contas com as normas de gênero. De tal modo, evidenciamos o quanto a medicina se configura em um campo de multiplicidades heterogêneas, e, portanto, não é tão biomédica assim, como ela faz questão de anunciar. artigo ocidental biologia LGBT médicosas médicos Aracaju Sergipe Foucault fraturas médico fazer “fazer são assim explorados genética gênero modo heterogêneas portanto anunciar
Resumen En este artículo, cuestionamos el mito de la homogeneidad ontológica de la medicina occidental, basada en la biología, cuando se trata de la atención a la salud de una población inventada como LGBT. Por otro lado, señalamos la heterogeneidad discursiva constitutiva del propio campo de la medicina, a partir de un ejercicio de conexión entre entrevistas con médicos de la ciudad de Aracaju (Sergipe) y las líneas de fuerza de la obra de Michel Foucault. El argumento muestra cómo los cambios biopolíticos en curso suponen fracturas, contingencias y ambivalencias en el aparato médico. De esta forma, se exploran dos formas adicionales de «hacer» a la «población LGBT»: la vigilancia moral frente a los prejuicios y la naturalización del comportamiento sexual a través de la genética, algo que no puede hacerse sin tener que ajustar cuentas con las normas de género. De este modo, podemos ver cómo la medicina es un campo de multiplicidades heterogéneas y, por tanto, no es tan biomédica como se pretende. artículo occidental biología LGBT lado Sergipe (Sergipe Foucault fracturas médico forma hacer «hacer LGBT» genética género modo tanto pretende