Resumo A Educação Financeira, debatida inicialmente a partir dos anos 2000 pelas ações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, ganhou força no Brasil com a Estratégia Nacional de Educação Financeira e, mais recentemente, com a inclusão dessa temática na Base Nacional Comum Curricular. Acerca daquela, ideias no contexto nacional e mundial ainda compactuam com uma Educação Financeira do investimento, da responsabilização única e exclusiva do indivíduo pelas questões financeiras. Apesar de mais de 20 anos de problematizações em torno da Educação Financeira, esse tema carece de teorizações e indicativas que promovam a Educação Financeira com um viés crítico, social e democrático, rumo à Justiça Social. Qual Educação Financeira, no contexto da Educação Matemática, que nos permite uma Educação para a Justiça Social? Essa é uma das perguntas que nos fizemos e, consequentemente, nos guia nas reflexões de cunho teórico que apresentamos neste artigo. Ou seja, a partir de resultados de estudos, leituras, debates e publicações que temos realizado ao longo de anos de pesquisa em Educação Financeira, objetivamos teorizar sobre a Educação Financeira para a Justiça Social, a partir de referências nacionais e internacionais sobre a temática. Para tanto, dividimos este texto em quatro seções principais que abordam: uma breve contextualização da Educação Financeira, sobretudo de suas discussões no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Estadual Paulista; um panorama da Educação Financeira no Brasil e no mundo, e das ideias em torno da Educação Financeira Escolar; aspectos teóricos de uma Educação para a Justiça Social; e, o que compreendermos ser uma Educação Financeira para a Justiça Social. Indicamos a Educação Financeira como potência para a Justiça Social ao incentivar as pessoas a assumirem papéis ativos com empoderamento, democracia e criticidade. 200 Econômico recentemente Curricular daquela investimento financeiras 2 crítico democrático consequentemente artigo seja estudos leituras tanto abordam PósGraduação Pós Graduação Paulista mundo Escolar empoderamento criticidade
Abstract Financial Education, initially debated in the 2000s through the actions of the Organization for Economic Cooperation and Development, gained strength in Brazil with the National Financial Education Strategy and, more recently, with the inclusion of this topic in the National Common Curricular Base. Regarding this, ideas in the national and global context still agree with a Financial Education of investment, of the sole and exclusive responsibility of the individual for financial issues. Despite over 20 years of problematization around Financial Education, this topic lacks theories and indications that promote Financial Education with a critical, social, and democratic bias toward Social Justice. What Financial Education, in the context of Mathematics Education, allows us to provide Education for Social Justice? This is one of the questions we asked ourselves and, consequently, guides us in the theoretical reflections that we present in this article. In other words, based on the results of studies, readings, debates, and publications that we have carried out over years of research in Financial Education, we aim to theorize about Financial Education for Social Justice, based on national and international references on the topic. To this end, we divided this text into four main sections, which address a brief contextualization of Financial Education, especially its discussions in the Graduate Program in Mathematics Education at São Paulo State University; an overview of Financial Education in Brazil and around the world, and the ideas around School Financial Education; theoretical aspects of Education for Social Justice; and, what we understand to be Financial Education for Social Justice. We indicate Financial Education as a potential for Social Justice by encouraging people to take on active roles with empowerment, democracy, and criticality. s Development recently Base investment issues 2 critical social consequently article words studies readings debates end sections University world empowerment democracy criticality