Resumo Objetivos: Descrever a competência dos reumatologistas brasileiros na reumatologia intervencionista (RI); avaliar a associação entre essa capacidade e variáveis demográficas e de treinamento. Métodos: Fez-se um estudo transversal com 500 reumatologistas brasileiros. Os participantes foram avaliados por questionário autoadministrado, constituído por dados demográficos, treinamento, prática em consultório e conhecimento em dados de RI. Resultados: Analisaram-se os dados de 463 participantes. A média foi de 40,2 anos (± 11,2). Desses, 70% fizeram injeções periarticulares (IPA) e 78% intra-articulares (IIA). A amostra foi dividida em três grupos: não intervencionista, pouco intervencionista e muito intervencionista. O grupo não intervencionista apresentou (p < 0,001 - 0,04) maior média de idade, menor proporção de vínculo universitário, menor história de treinamento, maior proporção de graduados na Região Sudeste do país e maior proporção de graduados nas décadas de 1980 a 1989. O grupo muito intervencionista apresentou (p < 0,001 - 0,018) maior proporção de reumatologias que atendem pacientes adultos, maior proporção de vínculo universitário, maior tempo de treinamento de prática de procedimentos complexos, maior proporção de graduados no sul do país, treinados e com consultório particular nessa região. As variáveis mais frequentemente associadas ao subgrupo muito intervencionista foram realização de IIA axial (OR: 7,4, p < 0,001), biópsia sinovial (OR: 5,75, p = 0,043), IIA guiada por imagem (OR: 4,16, p < 0,001), viscossuplementação (OR = 3,41, p < 0,001), lavagem articular (OR = 3,22, p = 0,019), biópsia da glândula salivar (OR = 2,16, p = 0,034) e mais de seis meses de treinamento (OR: 2,16; p = 0,008). Conclusões: Fazer procedimentos invasivos mais complexos e ter mais de seis meses de treinamento em RI foram as variáveis associadas a um maior perfil intervencionista.
Abstract Objectives: Describe Brazilian rheumatologists's competence in interventional rheumatology; assess the association between this ability and demographic and training variables. Methods: A cross-sectional study with 500 Brazilian rheumatologists. Participants were assessed by self-administered questionnaire consisting of demographics, training, practice in office and knowledge in interventional rheumatology data. Results: 463 participants had their data analyzed. The mean age was 40.2 years (±11.2). 70% had performed periarticular injections and 78% had performed intra-articular injections. The sample was divided into three groups: non-interventionist, little interventionist and very interventionist. The non-interventionist group showed (p < 0.001-0.04) higher mean age, lower proportion of university bond, lower training history, higher proportion of graduates in the Southeast country, and higher proportion of graduates in the 1980s to 1989. The very interventionist group showed higher (p < 0.001-0.018) proportion of adult rheumatologists, higher proportion of university bond, longer training time with greater practice of complex procedures, and higher proportion of graduates, trained and with private practice in the South country. Variables most associated with the very interventionist subgroup are performing axial intra-articular injections (OR: 7.4, p < 0.001), synovial biopsy (OR: 5.75, p = 0.043), image-guided IAI (OR: 4.16, p < 0.001), viscosupplementation (OR = 3.41, p < 0.001), joint lavage (OR = 3.22, p = 0.019), salivary gland biopsy (OR = 2.16, p = 0.034) and over 6-month training (OR: 2.16, p = 0.008). Conclusions: Performing more complex invasive procedures and over 6-month training in interventional rheumatology were variables associated with enhanced interventional profile.