Compararam-se as taxas fotossintéticas atual (A) e potencial (Apot) de espécies tropicais C3 e C4 cultivadas sob condições de casa-de-vegetação. Foram estudadas as seguintes espécies: Oryza sativa, Phaseolus vulgaris, Glycine max, Helianthus annuus, Gossypium hirsutum, Manihot esculenta, Theobroma cacao, Coffea arabica, Hevea brasiliensis, e Eucalyptus urophylla × E. grandis, todas do grupo C3, e Amaranthus sp., Panicum maximum, Pennisetum purpureum, Zea mays e Saccharum officinarum, do grupo C4. A, determinada sob alta irradiância e temperatura e CO2 ambientes, foi medida com um analisador de gases a infravermelho, enquanto Apot, determinada sob luz e CO2 saturantes e à temperatura ótima (35 ºC para todas as espécies), foi medida com um eletrodo de oxigênio de fase gasosa. Em base de área, A variou desde 5,0 até 26,3 mimol CO2 m-2 s-1, enquanto Apot foi similar em 14 das 15 espécies avaliadas, com uma taxa média de 35.0 ± 2.4 mimol O2 m-2 s-1. Observou-se um padrão diferencial em T. cacao, em que Apot decresceu, aproximadamente, em 50% em relação a Apot das demais espécies estudadas. Em base de massa, as variações em A foram bem maiores e diferenças em Apot, embora não expressivas, puderam ser observadas. Os valores médios de Apot por unidade de massa, nas quatro espécies lenhosas, foi 28.0 ± 2.2 mimol O2 g-1 min-1, contra 44.6 ± 5.8 mimol O2 g-1 min-1 nas espécies remanescentes. Como um todo, os resultados evidenciaram um comportamento conservado do aparelho fotossintético, em termos de fixação do CO2, nas espécies estudadas, a despeito das largas diferenças em A entre elas.
The actual (A) and potential (Apot) photosynthetic rates of C3 and C4 tropical crop species grown under greenhouse conditions was compared. The following species were investigated: Oryza sativa, Phaseolus vulgaris, Glycine max, Helianthus annuus, Gossypium hirsutum, Manihot esculenta, Theobroma cacao, Coffea arabica, Hevea brasiliensis, and Eucalyptus urophylla × E. grandis, all from the C3 group, and Amaranthus sp., Panicum maximum, Pennisetum purpureum, Zea mays and Saccharum officinarum, from the C4 group. A, determined under non-limiting light at ambient temperature and CO2, was measured with an infrared gas analyser, whilst Apot, determined under saturating light and CO2 at an optimal temperature (35 ºC for all species), was gauged with a gas-phase oxygen electrode. On an area basis, A varied from 5.0 up to 26.3 mumol CO2 m-2 s-1, whilst Apot was very similar in 14 of the 15 species, with an average rate of 35.0 ± 2.4 mumol O2 m-2 s-1. The value of Apot in T. cacao was approximately half the mean of the remaining species. On a mass basis, variations in A were much larger, and differences in Apot, although not large, emerged. The overall mean Apot per unit mass in the four tree species was 28.0 ± 2.2 mumol O2 g-1 min-1 against 44.6 ± 5.8 mumol O2 g-1 min-1 in the remaining species. As a whole, the results evidenced a conservative behaviour of the photosynthetic apparatus to fix CO2 amongst the species investigated, despite the large differences in A among them.