ABSTRACT The text approaches the education of children, childhood, and self-education as parts of the process of human emancipation from a humanizing and social justice perspective. To this aim, the contexts of two rural schools located in the municipality of Abaetetuba, Pará were taken. In practice, this ideology has become problematic and a matter of struggle. Therefore, this paper discusses the educational reality of educational institutions situated in rural contexts and the educational practices that encompass administrative, structural, and pedagogical constraints. These aspects are crucial when considering the holistic development of children, especially the educational processes of student-children in and of rural areas. This is a qualitative research, based on bibliographic, documentary, and field studies. Authors such as Brandão e Borges (2007), Brandão (2015) and Freire (1996; 1981; 2016) served as theoretical basis. Legal documents from municipal and national educational legislation were also consulted. Empirically, there was a dialogue with children, community leaders, and educators involved with the respective schools. The collected data revealed that the reality of Early Childhood Education in rural areas is still in great need of improvement to ensure basic rights to quality education. This includes the curricular and pedagogical aspects where knowledge and everyday experiences can be referenced in educational processes and practices, considering the diverse rural Amazonian context. In this last aspect, on a positive note, some teachers in these schools reside in the same territories where the institutions are located.
RESUMO O texto aborda a educação de crianças, as infâncias e o educar-se como partes do processo de emancipação de seres humanos numa perspectiva humanizadora e de justiça social, para isso tomamos os contextos de duas escolas do campo localizadas no município de Abaetetuba-Pará. Na prática esse ideário se tornou problemático e de luta, por isso este escrito discute sobre a realidade escolar de instituições de ensino situadas em contextos rurais e sobre práticas educativas que perpassam condicionantes administrativos, estruturais e pedagógicos. Sendo tais aspectos relevantes quando se pensa o desenvolvimento integral das crianças, especialmente os processos educativos de estudantes-crianças do e no campo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, sedimentada em estudo bibliográfico, documental e de campo, autores como Brandão e Borges (2007), Brandão (2015) e Freire (1996; 1981; 2016) serviram de embasamento teórico; assim como documentos legais da legislação educacional municipal e nacional; no aspecto empírico houve diálogo com crianças, lideranças comunitárias e educadores envolvidos com as respectivas escolas. Os dados coletados mostraram que a realidade da Educação Infantil do e no campo ainda carece, e muito, ser qualificada com a garantia dos direitos básicos de um ensino de qualidade, bem como no aspecto curricular e pedagógico em que saberes, conhecimentos e cotidianos possam ser referenciados nos processos e práticas educativas, com modos de educar no espaço rural amazônico em sua diversidade. Nesse último aspecto, algo positivo são os docentes das escolas residirem nos territórios onde se localizam as instituições.