Resumen: El presente artículo propone un análisis sobre los modos de uso, apropiación, intervención y gestión -pasados y presentes- de los recursos hídricos en la región chaqueña, Argentina. Para ello, se reconstruyen las interacciones de larga duración entre sociedad y ambiente, considerando al agua como un bien estratégico que los distintos actores disputan por controlar material y discursivamente. En concreto, el foco del artículo está centrado en las provincias de Salta y Chaco. Si bien al interior de este territorio hidrosocial es posible identificar una gran variedad de cuencas y subcuencas, el manuscrito centra la mayor parte de sus argumentos en la del Bermejo, para comprender tanto los imaginarios que construyeron los modos históricos de pensar y gestionar este territorio, como los discursos actuales que se reactualizan a la luz del avance de las fronteras extractivas. La estrategia metodológica se sustenta en información recolectada y construida en investigaciones anteriores, complementada con entrevistas en profundidad, notas de campo y fuentes documentales, estadísticas, cartográficas, fotográficas, hemerográficas y legislativas. A partir de ello, se señalan los principales dilemas que enfrenta la gestión respecto a la cuestión hídrica en el territorio hidrosocial bajo estudio. En tal sentido, centraremos la atención en la distribución desigual del agua y la tensión entre la recurrencia de períodos de escasez y/o exceso hídrico. En ambos casos, interesa poner de manifiesto cómo las cargas ambientales y sanitarias se distribuyen de modo heterogéneo y cuáles son los principales proyectos y argumentos elaborados por los principales actores involucrados.
Abstract: This article proposes an analysis of past and present modes of use, appropriation, intervention, and management of water resources in the Chaco region of Argentina. To this end, it reconstructs the long-term interactions between society and environment, considering water as a strategic resource that different actors dispute for material and discursive control. Specifically, the focus of the article is on the provinces of Salta and Chaco. Although it is possible to identify a wide variety of basins and sub-basins within this hydro-social territory, the manuscript focuses most of its arguments on the Bermejo basin, in order to understand both the imaginaries that constructed the historical ways of thinking and managing this territory, and the current discourses that are updated in the light of the advance of extractive frontiers. The methodological strategy is based on information collected and constructed in previous research, complemented with in-depth interviews, field notes and documentary, statistical, cartographic, photographic, newspaper and legislative sources. On this basis, the main dilemmas faced by the management of the water issue in the hydro-social territory under study are pointed out. In this sense, we will focus on the unequal distribution of water and the tension between the recurrence of periods of water shortage and/or excess. In both cases, it is interesting to show how environmental and sanitary burdens are distributed heterogeneously and what are the main projects and arguments elaborated by the main actors involved.
Resumo: Este artigo propõe uma análise dos modos passado e presente de utilização, apropriação, intervenção e gestão dos recursos hídricos na região do Chaco, na Argentina. Para tal, reconstrói as interacções a longo prazo entre a sociedade e o ambiente, considerando a água como um bem estratégico que os diferentes actores disputam pelo controlo material e discursivo. Especificamente, o foco do artigo é nas províncias de Salta e Chaco. Embora seja possível identificar uma grande variedade de bacias e sub-bacias dentro deste território hidro-social, o manuscrito centra a maior parte dos seus argumentos na bacia do Bermejo, a fim de compreender tanto os imaginários que construíram as formas históricas de pensar e gerir este território, como os discursos actuais que são actualizados à luz do avanço das fronteiras extractivas. A estratégia metodológica baseia-se na informação recolhida e construída em pesquisas anteriores, complementada com entrevistas em profundidade, notas de campo e fontes documentais, estatísticas, cartográficas, fotográficas, jornalísticas e legislativas. Nesta base, são apontados os principais dilemas enfrentados pela gestão da questão da água no território hidro-social em estudo. Neste sentido, vamos concentrar-nos na distribuição desigual da água e na tensão entre a recorrência de períodos de escassez e/ou excesso de água. Em ambos os casos, é interessante mostrar como os encargos ambientais e sanitários são distribuídos de forma heterogénea e quais são os principais projectos e argumentos elaborados pelos principais actores envolvidos.