Abstract The relationship between tragic philosophy (nothing, chance and convention) and the affirmation of life (amor fati), as established by Friedrich Nietzsche and Clément Rosset, is studied in this article under the method of hermeneutic perspectivism and in dialogue with the films Lucky (2017), directed by John Carroll Lynch, Paterson (2016), by Jim Jarmush, and The Wild Pear Tree (2018), by Nuri Bilge Ceylan. The imaginaries of these three cinematographic works reflect a process of reflection on life that culminates in approving tragical, revealed from the trajectory of the protagonists and the formative character of their experiences, whose knowledge (páthei mathos) converges with the pedagogy of choice in their three movements: the suspension of belief, through which the aesthetic game that allows seeing the world from another perspective is established; the aesthetics of experience, which values the knowledge exercised by works of fiction; and, finally, the constitution of (self)formation itineraries, which organize the formative experiences and enable the choice of the tragic statement. The conclusions reveals that, in line with the continuity of life of the protagonists of the studied films, the unconditional affirmation of life is not the result, the final step of a choice, but a continuous process of approval. nothing, nothing (nothing convention amor fati, fati , fati) Rosset 2017, 2017 (2017) Lynch 2016, 2016 (2016) Jarmush 2018, 2018 (2018) Ceylan tragical páthei mathos movements belief experience fiction finally selfformation self formation itineraries statement result approval 201 (2017 (2016 (2018 20 (201 2 (20 (2 (
Resumo O vínculo entre a filosofia trágica (nada, acaso e convenção) e a afirmação da vida ( amor fati ), como estabelecido por Friedrich Nietzsche e Clément Rosset, é estudado neste artigo sob o método do perspectivismo hermenêutico e em diálogo com os filmes Lucky (2017), dirigido por John Carroll Lynch, Paterson (2016), de Jim Jarmush, e A árvore dos frutos selvagens (2018), de Nuri Bilge Ceylan. Os imaginários dessas três obras cinematográficas traduzem um processo de reflexão sobre a vida que culmina na aprovação trágica, revelada a partir da trajetória dos protagonistas e do caráter formativo de suas experiências, cujo saber ( páthei mathos ) conflui com a pedagogia da escolha em seus três movimentos: a suspensão da crença, pela qual se estabelece o jogo estético que permite ver o mundo por outra perspectiva; a estética da experiência, que valoriza o saber exercitado pelas obras de ficção; e, por fim, a constituição de itinerários de (auto)formação, que organizam as experiências formativas e possibilitam a escolha da afirmação trágica. As conclusões apontam que, em consonância com a continuidade da vida dos protagonistas dos filmes estudados, a afirmação incondicional da vida não é o resultado, a etapa final de uma escolha, mas um processo contínuo de aprovação, desde que se reconheça o caráter trágico da existência, do que é dado a viver. nada, nada (nada convenção , Rosset 2017, 2017 (2017) Lynch 2016, 2016 (2016) Jarmush 2018, 2018 (2018) Ceylan movimentos crença perspectiva experiência ficção fim autoformação, autoformação auto formação, formação (auto)formação estudados resultado existência viver 201 (2017 (2016 (2018 20 (201 2 (20 (2