Resumen Este artículo pretende aportar al conocimiento del teletrabajo para el caso argentino, prestando especial atención a la perspectiva de una multiplicidad de actores que tienen intereses distintos sobre él, incluso contrapuestos si se toma en consideración la dicotomía capital-trabajo. Con base en una metodología cualitativa se elaboró, por un lado, un análisis de fuentes para dar cuenta de 10 que algunos actores específicos de la órbita estatal y de los medios masivos de comunicación sostienen sobre esta modalidad laboral. Por otro lado, se efectuaron once entrevistas en profundidad a teletrabajadores del Area Metropolitana de Buenos Aires (AMBA) entre el 2013 y el 2017. A partir del cruce de estas dos fuentes de información, se cotejaron discursos muy distintos que abren un serio interrogante sobre el optimismo con que la mayoría de las veces se considera a esta nueva modalidad laboral. Para aportar al conocimiento del teletrabajo, se muestra la manera como este es comprendido por el Ministerio de Trabajo, Empleo y Seguridad Social (MTEYSS) de Argentina a través del Programa de Promoción del Empleo en Teletrabajo (PROPET) y por algunos periódicos de circulación nacional como Clarín y La Nación, Este ejercicio evidencia que una mirada demasiado optimista aglutina sus puntos de vista. Flexibilidad, libertad, creatividad, horizontalidad son algunas de las características que, desde su perspectiva, constituye la realidad laboral de los teletrabajadores. Sin embargo, a partir de las entrevistas se encontró que existe una gran brecha entre lo que los actores mencionados afirman sobre el teletrabajo y 10 que ocurre en el día a día laboral de los teletrabajadores. Pues estos reconocen algunos beneficios de esta modalidad laboral pero también muchos perjuicios: falta de referentes jerárquicos claros a quiénes dirigirse, objetivos de trabajo difusos, separaciones difíciles entre el ámbito laboral y el hogar son algunos de los más evidentes. Es necesario recalcar que este texto constituye una primera indagación exploratoria realizada con un grupo de entrevistas reducido, razón por la cual las conclusiones son de índole muy preliminar.
Abstract The article contributes to the knowledge regarding telecommuting in the case of Argentina by paying special attention to the perspectives of a multiplicity of actors whose interests in the matter are different and even contradictory if one bears in mind the capital-labor dichotomy. Using a qualitative methodology, an analysis of sources was carried out in order to examine what some specific government and mass media actors have to say about this work modality. Furthermore, eleven in-depth interviews with telecommuters were carried out in the Metropolitan Area of Buenos Aires (AMBA, according to its acronym in Spanish) between 2013 and 2017. The comparison between these two sources of information revealed very different discourses, a fact that raises serious questions regarding the optimism with which this new labor modality tends to be considered most of the time. In order to contribute the knowledge regarding telecommuting, the article shows how this concept is understood by the Ministry of Labor, Employment, and Social Security (MTEYSS) of Argentina through its Program for the Promotion of Employment in Telecommuting (PROPET), as well as by certain national newspapers like Clarín and La Nación. This exercise makes evident that the latter share an excessively optimistic outlook. Flexibility, freedom, creativity, and horizontality are some of the features that, in their view, characterize the work reality of telecommuters. However, the interviews showed that there is a great gap between what the abovementioned actors say about telecommuting and what happens in the day to day work of telecommuters. Although the latter recognize some of the advantages of this work modality, they also point out many negative aspects: the lack of clear hierarchical referents to whom they can address their concerns; unclear work objectives; and difficult-to-establish boundaries between the work environment and the home are some of the most evident ones. It is necessary to emphasize that this text is an initial exploratory inquiry, based on a small number of interviews, for which reason its conclusions are preliminary.
Resumo Este artigo pretende contribuir para o conhecimento do trabalho remoto (home office) para o caso argentino, enfatizando a perspectiva de uma multiplicidade de atores que têm interesses diferenciados sobre ele, inclusive contrapostos se for considerada a dicotomia capital-trabalho. Com base numa metodologia qualitativa, foi elaborada, por um lado, uma análise de fontes para mostrar o que alguns atores específicos do âmbito estatal e dos meios massivos de comunicação sustentam sobre essa modalidade de trabalho. Por outro lado, foram realizadas 11 entrevistas em profundidade com teletrabalhadores da Área Metropolitana de Buenos Aires (Amba) entre 2013 e 2017. A partir do cruzamento dessas duas fontes de informação, foram comparados discursos muito diferentes que abrem uma série questão sobre o otimismo com o qual se considera essa nova modalidade de trabalho na maioria das vezes. Para contribuir para o conhecimento do trabalho remoto, mostra-se a maneira como este é compreendido pelo Ministério do Trabalho, Emprego e Seguridade Social (MTEYSS) da Argentina por meio do Programa de Promoção do Emprego no Trabalho Remoto (Propet) e por alguns jornais de circulação nacional como Clarín e La Nación. Esse exercício evidencia que um olhar muito otimista aglutina seus pontos de vista. Flexibilidade, liberdade, criatividade, horizontalidade são algumas das características que, sob sua perspectiva, constituem a realidade organizacional dos teletrabalhadores. Contudo, a partir das entrevistas, constatou-se que existe uma grande brecha entre o que os atores mencionados afirmam sobre o trabalho remoto e o que ocorre no seu dia a dia organizacional. Eles reconhecem alguns benefícios dessa modalidade, mas também muitos prejuízos: falta de referentes hierárquicos claros a quem se dirigir, objetivos de trabalhos confusos, separações difíceis entre o âmbito organizacional e o lar são alguns dos mais evidentes. Ε necessário destacar que este texto constitui uma primeira indagação exploratória realizada com um grupo de entrevistas reduzido, razão pela qual as conclusões são de índole preliminar.