Resumen Durante los últimos sesenta años, la clase social y el análisis de las clases sociales han sido un foco clave de la investigación educativa en muchos países y en diferentes contextos institucionales educativos, basándose en una variedad de enfoques teóricos como el weberiano, el marxista, el durkheimiano, etc. En particular, la investigación y la literatura han iluminado el poder de la educación para reproducir y perpetuar las desigualdades de clase. Históricamente, la clase se ha abordado de una manera diferente en la investigación y la práctica de la educación de adultos, con un mayor enfoque en la agencia y la experiencia vivida. Esto está relacionado con la influencia de la educación radical de adultos en la erudición y la pedagogía en algunos países, como la Workers Educational Association en el Reino Unido, el movimiento de escuelas secundarias populares en Escandinavia y la educación popular en América Latina, que estaban conectados con el movimiento obrero democrático y socialista, movimientos de clases que promovieron la solidaridad de clases y la transformación social (si bien entendidas de maneras muy variadas). En gran medida este horizonte ha desaparecido, o al menos se ha reconfigurado. Las investigaciones sobre la clase social también reconocen cada vez más que la clase no existe de forma aislada, sino que se cruza con otras formas de desigualdad, como el género y la raza. Igualmente importante, los estudios indican que aunque las relaciones de clase y la política están cambiando, las clases todavía importan. Sin embargo, si bien existe un conjunto de estudios sobre la experiencia de la clase trabajadora y un gran interés en cuestiones de desigualdad en la educación de adultos contemporánea, es sorprendente cuán rara vez la clase está en primer plano y hasta qué punto los estudios sobre educación de adultos están desconectados de los nuevos trabajos sobre la clase en el ámbito social. ciencia. Este número especial tiene como objetivo generar discusión y debate sobre este tema.
Resumo Ao longo dos últimos sessenta anos, as classes sociais e a análise das classes sociais têm merecido destaque na investigação em educação em muitos países e em diferentes contextos institucionais educativos. Nestas discussões recorreu-se a diversas abordagens teóricas, como a weberiana, a marxista, a durkheimeniana, etc. Estes debates abordaram questões de poder na educação na reprodução e perpetuação de desigualdades sociais ligadas a dimensões de classe. Historicamente, o conceito de classe social tem beneficiado de outras abordagens na investigação e na análise das práticas da educação de adultos, com maior enfoque atribuído à agência e à experiência vivida. Esta ligação decorre da influência da educação de adultos de cariz crítico e radical nas instituições e na pedagogia em alguns países, como no caso do Reino Unido e da Workers Educational Association (Associação Educacional dos Trabalhadores) e da Escandinávia, no caso do movimento das escolas superiores populares e , assim como da América Latina no caso da educação popular. Estes casos estiveram ligados aos movimentos sociais democráticos e socialistas, que promoveram a solidariedade e a transformação social (embora entendidas de formas muito variadas). Em grande medida, as preocupações destas abordagens desapareceram ou, pelo menos, foram reconfiguradas. A investigação sobre a classe social também reconhece cada vez mais que a classe não existe isoladamente, mas cruza-se com outras formas de desigualdade, como o género e a raça. Igualmente importante, diversos estudos indicam que, embora as relações de classe e a política estejam a mudar, as classes ainda são importantes. No entanto, embora possam ser encontrados estudos sobre a experiência da classe trabalhadora e outros sobre desigualdade na educação de adultos contemporânea, é impressionante como raramente a classe é colocada em primeiro plano. Complementarmente, os estudos sobre a educação de adultos estão desligados dos novas pesquisas sobre classe nas ciências sociais. Esta edição especial tem como objetivo fomentar a discussão e o debate acerca destes temas.
Abstract Over the past sixty years social class and social class analysis has been a key focus of educational research in many countries and in different educational institutional contexts and drawing on a range of theoretical approaches such as Weberian, Marxist, Durkheimian etc. In particular research and literature has illuminated the power of education to reproduce and perpetuate class inequalities. Historically class has been approached in a different way in adult education research and practice with a greater focus on agency and lived experience. This is connected to the influence of radical adult education on scholarship and pedagogy in some countries such as the Workers Educational Association in the UK, the folk high school movement in Scandinavia, and popular education in Latin America which were connected to democratic and socialist working-class movements which promoted class solidarity and social transformation (albeit understood in very varied ways). To a large extent this horizon has disappeared, or at least been reconfigured. Research on social class is also increasingly recognising that class does not exist in isolation but intersects with other forms of inequality such as gender and race. Just as importantly studies indicate that although class relations and politics are changing class still matters. However, while there is a body of studies on working class experience and a strong interest in questions of inequality in contemporary adult education it is striking how rarely class in foregrounded and the extent to which adult education scholarship is disconnected from new work on class in social science. This special issue aims to spark discussion and debate on this topic.