OBJETIVO: Certas características geométricas angiográficas de lesões coronarianas foram descritas como preditoras independentes de um futuro infarto do miocárdio. O objetivo deste estudo foi correlacionar esses marcadores com achados do ultra-som intracoronariano sabidamente associados com maior vulnerabilidade à ruptura de placa. MÉTODOS: Estudou-se 30 pacientes com síndromes coronarianas estáveis e lesões de novo (31 lesões) com angiografia e ultra-som intracoronariano. Para cada lesão as características geométricas angiográficas (grau de simetria, grau de estenose, comprimento da lesão e ângulo de saída) foram correlacionadas com as variáveis ultra-sonográficas: tipo de placa (mole, fibrosa, mista ou calcificada), área porcentual de placa e índice de remodelamento. RESULTADOS: O comprimento médio da lesão foi de 9,2 ± 4,4 mm, o porcentual de estenose foi de 50,0% a 89,0% (média 67,7 ± 12,1%), ângulos de entrada variaram de 8,48º a 48,78º (média 24,0 ± 11,4º), ângulos de saída variaram de 8,30º a 53,03º (média 23,8 ± 11,7º) e o índice de simetria variou de 0 a 1 (média 0,56 ± 0,32). À avaliação com ultra-som intracoronariano, freqüência de placas moles ou calcificadas, remodelamento positivo e magnitude da área porcentual de placa não foram associados com nenhuma característica geométrica angiográfica (p > 0,05 para todas as análises). CONCLUSÃO: Características geométricas angiográficas que predis-põem à oclusão aguda não se correlacionam com achados morfológicos e quantitativos do ultra-som intracoronariano associados com a vulnerabilidade da placa.
OBJECTIVE: Some angiographic geometric features of coronary lesions have recently been described as independent predictors of myocardial infarction. The purpose of this study was to correlate these geometric markers with intravascular ultrasound findings known to be associated with greater vulnerability to plaque rupture. METHODS: A total of 30 patients with stable coronary syndromes and de novo lesions (31 lesions) underwent coronary angiography and intravascular ultrasound (IVUS). For each lesion, angiographic geometric features (degree of symmetry, degree of stenosis, lesion length, and outflow angle) were correlated with the following ultrasound variables: type of plaque (soft, fibrous, mixed, or calcified), plaque burden and remodeling index. RESULTS: Mean lesion length was 9.2 ± 4.4 mm, percent stenosis was 50.0% to 89.0% (mean 67.7 ± 12.1%), inflow angles ranged from 8.48º to 48.78º (mean 24.0 ± 11.4º), outflow angles ranged from 8.30º to 53.03º (mean 23.8 ± 11.7º), and the symmetry index ranged from 0 to 1 (mean 0.56 ± 0.32). On ultrasound evaluation, frequency of soft or calcified plaques, positive remodeling, and magnitude of plaque burden were not associated with any angiographic geometric feature (p > 0.05 for all analysis). CONCLUSION: Angiographic geometric features that predispose to acute occlusion do not correlate with IVUS morphologic and quantitative findings associated with plaque vulnerability.