Resumo A primeira parte deste dossiê refletiu sobre a dinâmica da vergonha e do orgulho como eixo articulador do universo LGTB no contexto espanhol. Esta segunda parte retoma esse eixo de análise, mas se concentra em quatro países latino-americanos: México, Porto Rico, Cuba e Argentina. As histórias de vida, autobiografias, poemas, cartas e material de imprensa estudados nos diferentes artigos confirmam a hipótese de que o orgulho não é a experiência dominante a partir da década de 1970, nem a vergonha reina de forma homogênea no período anterior. Há, no entanto, uma especificidade própria da América Latina –além de sua diversidade lógica– na maneira como a vergonha e o orgulho se configuram entre os sujeitos dissidentes devido às circunstâncias políticas e socioeconômicas específicas da região. Assim, a vergonha não está vinculada apenas ao gênero e à sexualidade, mas também à classe social, à raça ou ao status socioeconômico, enquanto o orgulho também assume formas muito heterogêneas, nem sempre de natureza pública, devido à pressão de regimes autoritários ou de sociedades mais conservadoras em decorrência do machismo e da influência determinante da religião católica.
Resumen La primera parte del presente dossier reflexionaba sobre las dinámicas de la vergüenza y el orgullo como eje articulador del universo LGTB en el contexto español. Esta segunda parte retoma ese eje de análisis, pero pone el foco en cuatro países de Latinoamérica: México, Puerto Rico, Cuba y Argentina. Las historias de vida, autobiografías, poemarios, epistolarios y material de prensa que estudian los diferentes artículos permiten confirmar la hipótesis de que ni el orgullo es la experiencia dominante a partir de los años de 1970, ni la vergüenza rige de manera homogénea en el período precedente. Hay, sin embargo, una especificidad propia de Latinoamérica –más allá de su lógica diversidad– en el modo en que la vergüenza y el orgullo se configuran entre los sujetos disidentes debido a las circunstancias políticas y socioeconómicas propias de la región. Así, la vergüenza no se vincula únicamente al género y a la sexualidad, sino también a la clase social, la raza o el estatus socioeconómico, mientras que el orgullo asume también formas muy heterogéneas, no siempre de carácter público, debido a la presión de regímenes autoritarios o de sociedades más conservadoras a consecuencia del machismo y de la influencia determinante de la religión católica.
Abstract The first part of this dossier reflected on the dynamics of shame and pride as the articulating axis of the LGTB universe in the Spanish context. This second part takes up that axis of analysis but focuses on four Latin American countries: Mexico, Puerto Rico, Cuba and Argentina. The life stories, autobiographies, poems, letters and press material studied in the different articles confirm the hypothesis that pride is not the dominant experience from the 1970s onwards, nor does shame rule homogeneously in the preceding period. There is, however, a specificity to Latin America –beyond its logical diversity– in the way in which shame and pride are configured among dissident subjects due to the political and socioeconomic circumstances specific to the region. Thus, shame is not only linked to gender and sexuality, but also to social class, race or socio-economic status, while pride also assumes very heterogeneous forms, not always of a public nature, due to the pressure of authoritarian regimes or more conservative societies as a result of machismo and the determining influence of the Catholic religion.