ABSTRACT Introduction/framework/objectives After a few years of exposure to different strains of COVID-19, there is a large percentage of infected individuals worldwide, most of whom are of working age. Taking into account that in a substantial fraction of these there were prolonged symptoms and with some capacity to alter work capacity, a review was initiated in order to summarize the most pertinent information published on this subject. Methodology This is a Bibliographic Review, initiated through a search carried out in April 2023, in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content This syndrome is a set of multiorgan symptoms/sequelae that affects previously infected individuals, sometimes lasting several months. It is a chronic complication, due to a persistent hyperinflammatory state (although the pathophysiology is not clearly known) and even after the COVID test is negative. It may be justified by inflammatory, hypoxic, microvascular and neurodegenerative changes; by direct damage caused by the virus itself and/or by secondary effects of therapy and co-existing morbidities. The emotional part may be associated with the fear of infecting family members, the economic problems associated with the costs of medical care (in countries with more privatized healthcare systems) and/or the stigma of the infection itself. The diagnosis is clinical and appears both in individuals who have been hospitalized and who have not. It can involve morbidity, overload on the health system and financial resources. It is also called Long COVID Syndrome, a term that actually emerged on social media. Discussion and Conclusions Given the temporality, the articles published on the topic are reasonably recent, and there is no previous bibliography on this subject to discuss the data obtained; although some symptoms may also be due to other more prevalent and/or old infections, possibly due to a similar pathophysiological mechanism. All evolutions are possible: from asymptomatic individuals during and after the infection to others with very debilitating symptoms that limit their ability to work. It is necessary for the occupational health team to evaluate each case, using the aptitude classification to help adapt tasks and obtain greater performance, job satisfaction and profit.
RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos Após alguns anos de exposição às diversas estirpes de COVID-19, existe uma grande percentagem de indivíduos infetados mundialmente, grande parte dos quais em idade ativa. Tendo em conta que numa fração substancial destes existiram sintomas prolongados e com alguma influência para alterar a capacidade de trabalho, iniciou-se uma revisão, no sentido de resumir o que mais pertinente se publicou sobre este assunto. Metodologia Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2023, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo Esta síndroma é um conjunto de semiologia multiorgânica que atinge indivíduos previamente infetados, por vezes com duração de vários meses. Trata-se de uma complicação crónica, devido a um estado hiperinflamatório persistente (ainda que a patofisiologia não seja conhecida com clareza) e mesmo após o teste de COVID negativar. Poderá ser justificada através de alterações inflamatórias, hipóxicas, microvasculares e neurodegenerativas; bem como devido aos danos diretos causados pelo vírus em si e/ou pelos efeitos secundários da terapêutica e morbilidades coexistentes. A parte emocional poderá ser associada ao medo de infetar familiares, pelos problemas económicos associados aos custos dos cuidados médicos (em países com sistemas de saúde mais privatizados) e/ou pelo estigma da infeção em si. O diagnóstico é clínico e tanto aparece em indivíduos que foram hospitalizados, como não. Pode implicar morbilidade, sobrecarga do sistema de saúde e de recursos financeiros. Também se designa por Síndroma do COVID longo, termo que, na realidade, surgiu nas redes sociais. Discussão e Conclusões Dada a temporalidade, os artigos publicados sobre o tema são razoavelmente recentes, não existindo bibliografia anterior sobre este assunto, para discutir os dados obtidos; ainda que alguns sintomas equivalentes também possam ser consequentes a outras infeções, mais prevalentes e/ou antigas, eventualmente por um mecanismo fisiopatológico parecido. Todas as evoluções são possíveis, desde indivíduos assintomáticos durante e após a infeção, como outros com sintomas muito debilitantes e limitadores da sua capacidade laboral. É necessário que a equipa de saúde ocupacional avalie cada caso, usando a classificação de aptidão para ajudar na adequação das tarefas e obtenção de maior desempenho, satisfação laboral e lucro.