Abstract Introduction: The doctor-patient relationship allows the development of a therapeutic alliance based on an environment of trust and shared responsibility and positively impacts prognosis. This relationship must be studied in general practice (GP). Objectives: To carry out the cultural adaptation and concurrent validation of the Physician-Patient Depth of Relationship scale (PDDR) in European-spoken Portuguese, allowing the doctor-patient retrospective self-assessment from the physician’s standpoint. Methods: The cultural adaptation process began by translating the PDDR scale into European Portuguese and modifying it to focus on the physician’s perspective. Afterward, the questionnaire was administered to a convenience sample of GP physicians, both in written and oral form, for reliability study purposes. Concurrent validation of the scale was carried out with the Person-Centered Medicine (PCM) scale for physicians through a cross-sectional observational study by administering both scales to GP residents and attending physicians in the Central region. Descriptive and inferential statistics were performed, with a probability difference value of p<0.05 considered statistically significant. Results: The PDDR scale demonstrated good consistency (α=0.840 and α=0.889) and a positive and moderate correlation with the PCM scale for physicians (ρ=0.458, p<0.001). The average score was 21.8±5.51 points, with 36.7% scoring below the 33rd percentile (PDDR≤20), 42.2% scoring above the 67th percentile (PDDR≥24), and 4.4% of physicians scoring the maximum (PDDR=32). Statistically significant differences were found between age groups (p=0.004), career positions (p=0.011), and regularity of patient follow-up (p=0.018), but not for the variables of sex and type of consultation. Discussion and Conclusion: The PDDR scale for the physician has shown to be a reliable and valid instrument with good internal consistency, quick to complete, and suitable for evaluating the depth of the doctor-patient relationship from the physician’s perspective in GP consultations.
Resumo Introdução: A relação médico-doente, baseada em confiança e partilha de responsabilidades, origina maior satisfação e tem impacto positivo no prognóstico. Esta relação deve ser estudada pelo prisma do médico de medicina geral e familiar (MGF). Objetivos: Proceder à adaptação cultural e validação concorrente da escala de avaliação da Profundidade da Relação Médico-Doente (PDDR) com a escala de Medicina Centrada na Pessoa (MCP-PT) na perspetiva do médico. Métodos: Após adaptação cultural, pela tradução para português europeu e modificação das questões da escala PDDR para incidirem sobre a perspetiva do médico, aplicou-se o questionário, por escrito e oralmente, a uma amostra de conveniência de médicos de MGF para estudo da fiabilidade. A validação concorrente com a escala MCP-PT para o médico foi feita por estudo observacional transversal, aplicando ambas a médicos internos e especialistas de MGF da região Centro. Foi realizada estatística descritiva e inferencial, considerando-se para diferença significativa o valor de p<0,05. Resultados: A escala PDDR demonstrou boa consistência interna nos dois tempos de aplicação (α=0,840 e α=0,889) e correlação positiva e moderada com a escala MCP-PT para o médico (ρ=0,458, p<0,001). A pontuação média foi de 21,8±5,5 pontos [0 a 32], com 36,7% abaixo do percentil 33 (PDDR≤20), 42,2% acima do percentil 67 (PDDR≥24) e 4,4% dos médicos a pontuar o máximo (PDDR=32). Encontraram-se diferenças significativas entre grupos etários (p=0,004), posições na carreira (p=0,011) e regularidade do seguimento do doente (p=0,018), mas não para as variáveis sexo e tipo de consulta. Discussão e Conclusão: A escala PDDR para o médico demonstrou ser um instrumento com boa consistência interna, fiável, válido e de preenchimento rápido para avaliação da profundidade da relação médico-doente segundo a perspetiva do médico em consulta de MGF.