Resumen Introducción: La intoxicación por monóxido de carbono (CO) es una entidad frecuente y prevenible, especialmente en los meses de otoño e invierno. Se debe priorizar la educación pública ambiental sobre las fuentes de CO, su uso adecuado y los potenciales daños tanto en la etapa agua como las posibles secuelas. Objetivo: Describir las características epidemiológicas, clínicas, terapéuticas y evolutivas de los menores de 15 años intoxicados por CO asistidos en un prestador de salud entre abril y diciembre de 2022. Metodología: Estudio observacional retrospectivo. Variables: edad, sexo, fuente de exposición, mes del año, síntomas, severidad, nivel de carboxihemoglobina (COHb), latencia exposición-detección de COHb, paraclínica, tratamiento y evolución. Resultados: Se identificaron 11 casos, de los cuales 6 fueron sexo femenino, con una media de edad de 7,9 años. Fuentes de exposición: calefón a gas 4, braseros 3, estufas 3, caño de escape 1. La intoxicación fue grave en 5 casos, moderada en 4 y leve en 2. Síntomas más frecuentes: neurológicos y gastrointestinales. La media de COHb inicial 5,4% (rango de 0,9-15,6). La latencia media entre el inicio de la sintomatología y la extracción de la muestra fue de 9,8 horas. Siete pacientes recibieron oxigenoterapia previa a la toma de la muestra. La oxigenoterapia fue hiperbárica en 6 casos y normobárica en 5. Ingresaron a cuidados moderados 8 pacientes e intensivos 1. Se dosificaron troponinas en 9 casos (elevadas en 5), CK en 10 (elevada en 4). Se realizó electrocardiograma a 9 pacientes (alterado en 2). La resonancia encefálica se realizó en 8 (alterada en 2). Una paciente reingresó por manifestaciones neurológicas tardías. Ninguno falleció. Conclusiones: El diagnóstico de intoxicación por CO requiere un alto índice de sospecha, dado que las manifestaciones clínicas suelen ser inespecíficas. Los niveles de COHb no siempre son de utilidad para determinar su severidad, ya que se ven afectados por múltiples factores. La realización de resonancia magnética cerebral y el seguimiento posterior al alta son relevantes para la detección de secuelas neurológicas.
Abstract Introduction: Carbon monoxide (CO) poisoning is a common and preventable condition, especially during the fall and winter months. Public environmental education on CO sources, proper usage, and potential harms, both during the acute phase and possible long-term effects, should be prioritized. Objective: To describe the epidemiological, clinical, therapeutic, and evolutionary characteristics of children under 15 years of age poisoned by CO and treated at a healthcare provider between April and December 2022. Methodology: Retrospective observational study. Variables: age, sex, source of exposure, month of the year, symptoms, severity, carboxyhemoglobin (COHb) levels, latency between exposure and COHb detection, paraclinical tests, treatment, and evolution. Results: Eleven cases were identified, 6 of which were female, with a mean age of 7.9 years. Sources of exposure: gas water heater 4, stoves 3, braseros 3, exhaust pipe 1. Poisoning was severe in 5 cases, moderate in 4, and mild in 2. Most frequent symptoms: neurological and gastrointestinal. Mean initial COHb was 5.4% (range 0.9–15.6). Mean latency between symptom onset and sample collection was 9.8 hours. Seven patients received oxygen therapy before sample collection. Oxygen therapy was hyperbaric in 6 cases and normobaric in 5. Eight patients were admitted to moderate care and 1 to intensive care. Troponin levels were measured in 9 cases (elevated in 5), CK in 10 (elevated in 4). ECG was performed on 9 patients (altered in 2). Brain MRI was conducted in 8 (altered in 2). One patient was readmitted for late neurological manifestations. No deaths occurred. Conclusions: CO poisoning diagnosis requires a high index of suspicion as clinical manifestations are often nonspecific. COHb levels are not always useful for determining severity, as they are affected by multiple factors. Brain MRI and follow-up after discharge are essential for detecting neurological sequelae.
Resumo Introdução: A intoxicação por monóxido de carbono (CO) é uma condição frequente e prevenível, especialmente nos meses de outono e inverno. Deve-se priorizar a educação pública ambiental sobre as fontes de CO, seu uso adequado e os danos potenciais tanto na fase aguda quanto nas possíveis sequelas. Objetivo: Descrever as características epidemiológicas, clínicas, terapêuticas e evolutivas de menores de 15 anos intoxicados por CO atendidos em um prestador de saúde entre abril e dezembro de 2022. Metodologia: Estudo observacional retrospectivo. Variáveis: idade, sexo, fonte de exposição, mês do ano, sintomas, gravidade, nível de carboxihemoglobina (COHb), latência entre exposição e detecção de COHb, exames paraclínicos, tratamento e evolução. Resultados: Foram identificados 11 casos, dos quais 6 eram do sexo feminino, com média de idade de 7,9 anos. Fontes de exposição: aquecedor a gás (4 casos), braseros (3), fogões (3) e escapamento de carro (1). A intoxicação foi grave em 5 casos, moderada em 4 e leve em 2. Sintomas mais frequentes: neurológicos e gastrointestinais. Média de COHb inicial de 5,4% (intervalo de 0,9 a 15,6). A latência média entre o início da sintomatologia e a coleta da amostra foi de 9,8 horas. Sete pacientes receberam oxigenoterapia antes da coleta da amostra. A oxigenoterapia foi hiperbárica em 6 casos e normobárica em 5. Oito pacientes foram internados em cuidados intermediários e 1 em cuidados intensivos. A dosagem de troponinas foi realizada em 9 casos (elevada em 5), CK em 10 (elevada em 4). Foi realizado eletrocardiograma em 9 pacientes (alterado em 2). A ressonância magnética cerebral foi realizada em 8 (alterada em 2). Uma paciente foi readmitida devido a manifestações neurológicas tardias. Nenhum paciente faleceu. Conclusões: O diagnóstico de intoxicação por CO requer um alto índice de suspeição, pois as manifestações clínicas geralmente são inespecíficas. Os níveis de COHb nem sempre são úteis para determinar a gravidade, pois são afetados por múltiplos fatores. A realização de ressonância magnética cerebral e o acompanhamento após a alta são relevantes para a detecção de sequelas neurológicas.