ABSTRACT Introduction/framework/objectives: The use of this equipment is increasingly common in various professional sectors and for longer periods, whether within a work shift or throughout life. Thus, their interaction with workers' health becomes increasingly relevant, resulting in the need to research what has been described on this topic. This review aims to summarize the most relevant information published, so that professionals in the Health and Safety teams have more tools to guide the matter and so that the workers themselves better understand what could be at stake and are more receptive to protective measures that may be proposed. Methodology: This is a Bibliographic Review, initiated through research carried out in april of 2023, in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content: Acoustic shock can be secondary to an intense and unexpected noise and its prevalence can vary between 13 and 22%; however, it is a complex and controversial concept. It is eventually characterized by otalgia, tinnitus, vertigo, a burning sensation near the ear and anxiety. Acoustic shocks can cause cochlear trauma. The use of Headsets does not seem to cause more fatigue than noise from other sources, as long as it is of the same intensity. Most Call Centers operators work in an open space, with colleagues, which increases exposure to noise. The higher this is, the higher the eqquipment is placed. Susceptibility to hearing loss presents individual variability and interaction with some comorbidities (such as smoking, high blood pressure, diabetes and dyslipidemia); as well as gender and age. Most of these operators listen well; even if they report difficulty in perceiving words with ambient noise and tinnitus. Discussion and Conclusions: Although it is quite common for Call Centers workers to mention, during Occupational Medicine consultations, complaints that they associate with overall noise (especially that produced by Headsets); in reality, the bibliography on the topic is scarce and not very robust. Even so, it describes some very brief instructions to try to minimize the damage and enhance the well-being, satisfaction and productivity of professionals who use this type of equipment. It would be interesting to investigate the subject a little better, better understand the national panorama and publicize this in scientific publications.
RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos: O uso deste equipamento é cada vez mais frequente em diversos setores profissionais e por períodos mais prolongados, quer dentro de um turno de trabalho, quer ao longo da vida. Assim, a interação destes com a saúde dos trabalhadores fica cada vez mais relevante, surgindo a necessidade de pesquisar o que se tem descrito sobre este tema. Esta revisão pretende resumir o que de mais pertinente se publicou, de forma que os profissionais das equipas de Saúde e Segurança tenham mais ferramentas para orientar o assunto e para que os próprios trabalhadores percebam melhor o que poderá estar em causa e estejam mais recetivos a medidas de proteção eventualmente propostas. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2023 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo: O choque acústico pode ser secundário a um ruido intenso e inesperado e a sua prevalência pode variar entre 13 a 22%; contudo, trata-se de um conceito complexo e controverso. Carateriza-se eventualmente por otalgia, zumbido, vertigem, sensação de queimadura próxima ao ouvido e ansiedade. Os choques acústicos podem causar trauma coclear. O uso de Headsets não parece causar mais fadiga que ruido com outras origens, desde que com a mesma intensidade. A maioria dos operadores de Call Center trabalha em espaço aberto, com colegas, o que potencia a exposição ao ruído. Quanto mais elevado este for, mais alto é colocado o som do equipamento, para conseguir ouvir a chamada. A suscetibilidade à perda de audição apresenta variabilidade individual e interação com algumas comorbidades (como tabagismo, hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia); bem como sexo e idade. A maioria dos operadores de Call Center ouve bem; apesar de mencionarem dificuldade em perceber as palavras com o ruído ambiente e zumbido. Discussão e Conclusões: Ainda que seja bastante frequente estes trabalhadores referirem, durante as consultas de Medicina do Trabalho, queixas que associam ao ruido global (com destaque pelo produzido pelos Headsets); na realidade, a bibliografia sobre o tema é escassa e pouco robusta. Ainda assim, nela estão descritas algumas indicações muito sumárias para tentar minorar os danos e potenciar o bem-estar, satisfação e produtividade dos profissionais que usam este tipo de equipamento. Seria interessante investigar um pouco melhor o assunto, perceber melhor o panorama nacional e divulgar tal em publicações científicas.