O objetivo do estudo foi investigar a relação entre número de séries e duração do exercício de alongamento da extensão do ombro sobre os efeitos agudos imediatos e tardios na flexibilidade. Setenta indivíduos com idade entre 20 e 30 anos sem treinamento prévio em flexibilidade participaram do estudo. Aleatoriamente, 10 sujeitos compuseram o grupo controle (GC) e os demais foram divididos igualmente em três grupos, de acordo com a duração do estímulo, a saber: 10 segundos (G10), 60 segundos (G60) e 120 segundos (G120). Posteriormente, cada grupo foi subdivido em relação ao número de séries, a saber: uma (G10A, G60A, G120A) e três séries (G10B, G60B, G120B). A flexibilidade foi medida por um goniômetro universal e as observações ocorreram imediatamente após, 90 minutos após e 24 horas depois do estímulo. A ANOVA identificou associação significativa entre o tempo de estímulo e demais variáveis (p = 0,042). Não se verificaram diferenças de flexibilidade entre os grupos experimentais, mas todos exibiram valores maiores que os do GC. A comparação temporal dos valores absolutos de flexibilidade, para os grupos submetidos à mesma duração de estímulo e número de séries, revelou diferenças significativas apenas para G120A, G60B e G120B, entre a primeira observação e após 24 horas. Por outro lado, a análise dos valores percentuais mostrou que o tempo de estímulo e o número de séries associaram-se à duração do incremento agudo de flexibilidade. Nesse aspecto não houve diferenças entre os grupos, exceto entre G60A e G60B, na observação após 24 horas. Conclui-se que a duração do estímulo pode proporcionar maior flexibilidade inicial, independentemente do número de séries. Porém, os ganhos imediatos de flexibilidade não são mantidos após 24 horas. Não se sabe, porém, se estímulos sucessivos de longa duração proporcionariam maior amplitude em longo prazo em comparação com alongamentos realizados por menor tempo.
The objective of this study was to investigate the relation between the number of series and duration of shoulder stretching exercises on the immediate and late acute effects on flexibility. Seventy individuals with ages ranging from 20 and 30 years with no previous flexibility training participated in this study. Randomly, 10 subjects composed the control group (CG) and the others were equally divided into three groups according to the duration of the stimulus, namely: 10 seconds (G10), 60 seconds (G60) and 120 seconds (G120). Later, each group was subdivided in relation to the number of series, namely: one (G10A, G60A, G120A) and three series (G10B, G60B, G120B). Flexibility was measured through an universal goniometer and the observations occurred shortly after, 90 minutes after and 24 hours after stimulation. The analysis of variance ANOVA identified significant association between the time of stimulus and the other variables (p = 0.042). No differences of flexibility were verified between experimental groups, but all groups exhibited values higher than CG. The temporal comparison of absolute values of flexibility for groups submitted to the same stimulus duration and number of series revealed significant differences only for G120A, G60B and G120B, between the first observation and 24 hours after. On the other hand, the analysis of the percentile values showed that the stimulation time and the number of series were associated with the duration of the flexibility acute increment. In this case, no differences between groups were verified, except between G60A and G60B in the observation after 24 hours. One concludes that stimulus duration may provide higher initial flexibility, regardless the number of series. However, the immediate gains of flexibility could not be maintained after 24 hours. No one knows, however, if progressive long-duration stimuli would provide long-term higher amplitude if compared with stretching exercises performed in shorter periods of time.
El objetivo del estudio fue el de investigar la relación entre el número de series y la duración del ejercicio de elongamiento de la extensión del hombro sobre los efectos agudos inmediatos y tardíos de la flexibilidad. Setenta individuos con edades entre 20 y 30 años sin entrenamiento previo de la flexibilidad participaron del estudio. Aleatoriamente, 10 sujetos conformaron el grupo de control (GC) y los demás fueron divididos en tres grupos, de acuerdo a la duración del estímulo, a saber, 10 segundos (G10), 60 segundos (G60) y 120 segundos (G120). Posteriormente, cada grupo fue subdividido en relación al número de séries, a saber, una (G10A, G60A, G120A) y tres series (G10B, G60B, G120B). La flexibilidad fue medida por un goniómetro universal y las observaciones ocurrieron inmediatamente después de 90 minutos y 24 horas después del estímulo. ANOVA identificó la asociación significativa entre el tiempo de estímulo y las demás variables (p = 0,042). No se verificaron diferencias de flexibilidad entre los grupos experimentales, aún así, todos exhibieron valores mayores que GC. La comparación temporal de los valores absolutos de flexibilidad, para los grupos sometidos a la misma duración del estímulo y número de las séries, reveló diferencias significativas apenas para G120A, G60B e G120B, entre la primera observación y después de 24 horas. Por otro lado, el análisis de los valores porcentuales mostró que el tiempo de estímulo y el número de series se asociaron a la duración del incremento agudo de la flexibilidad. En ese aspecto no hubo diferencias entre los grupos, excepto entre G60A y G60B, en la observación después de 24 horas. Se concluye que la duración del estímulo puede proporcionar mayor flexibilidad inicial, independientemente del número de series. Por lo que las ganacias de flexibilidad no se mantienen después de las 24 horas. No se sabe por que los estímulos sucesivos de larga duración proporcionaran mayor amplitud a largo plazo en comparación con elongamientos realizados en menor tiempo.