RESUMO Objetivo. 1) Descrever a carga da doença renal crônica nos países da América Latina entre 1990 e 2019 e 2) estimar a correlação entre os anos de vida saudável perdidos (AVISA), o índice sociodemográfico e o índice de acesso e qualidade da saúde. Métodos. Análise secundária e ecológica, baseada no estudo Carga Global de Doenças, Lesões e Fatores de Risco 2019 (GBD). Foram informadas taxas de mortalidade padronizadas, anos de vida perdidos por morte prematura (AVP) por morte prematura, anos de vida ajustados por incapacidade (AVAI) e AVISA devido a doença renal crônica de 1990, 2005 e 2019. Os dados foram desagregados por país, sexo, faixas etárias e causas subjacentes. Resultados. Entre 1990 e 2019, a carga de doença renal crônica aumentou consideravelmente nos países da América Latina, tornando-se uma das principais causas de mortalidade e de AVISA. A taxa padronizada de AVISA devido à doença renal crônica foi influenciada em grande parte pelo peso das mortes prematuras, e não da incapacidade. Em 2019, Nicarágua, El Salvador, México e Guatemala se destacaram por terem as maiores taxas padronizadas de mortalidade por doença renal crônica e AVISA, ao passo que Uruguai teve as menores taxas. Conclusões. A doença renal crônica é uma epidemia invisível, que representa uma carga excessiva em termos de mortalidade e de AVISA para os países da América Latina. É essencial unir esforços na região para combater a doença, além de promover ações locais que atendam às particularidades de cada país.
ABSTRACT Objective. 1) Describe the burden of chronic kidney disease in Latin American countries between 1990 and 2019; and 2) Estimate the correlation between disability-adjusted life years (DALYs) and the Sociodemographic Index and the Healthcare Access and Quality Index. Methods. Secondary and ecological analysis, based on the 2019 Global Burden of Diseases, Injuries and Risk Factors Study. Standardized mortality rates, years of life lost to due to premature death (YLLs),years of healthy life lost due to disability (YLDs) and DALYs due to chronic kidney disease were reported for 1990, 2005, and 2019. Information was disaggregated by country, sex, age group, and sub-cause. Results. Between 1990 and 2019, the burden of chronic kidney disease increased considerably in Latin American countries, becoming one of the main causes of mortality and DALYs. The standardized rate of DALYs for chronic kidney disease was largely due to the weight of premature deaths rather than disability. In 2019, Nicaragua, El Salvador, Mexico, and Guatemala had the highest standardized mortality rates for chronic kidney disease and DALYs, while Uruguay had the lowest. Conclusions. Chronic kidney disease is an invisible epidemic that places an excessive burden in terms of mortality and DALYs on Latin American countries. It is essential to join forces to tackle the disease in the region, and promote local actions that address the particularities of each country.
RESUMEN Objetivo. 1) Describir la carga de la enfermedad renal crónica en países de América Latina entre 1990 y 2019 y, 2) estimar la correlación entre los años de vida saludables perdidos (AVISA) con el índice sociodemográfico y el índice de acceso y calidad de salud. Métodos. Análisis secundario y ecológico, basado en el Estudio de la Carga Global de Enfermedades, Lesiones y Factores de Riesgo 2019. Se reportaron las tasas estandarizadas de mortalidad, años perdidos por muertes prematuras (APMP), años de vida ajustados por discapacidad (AVAD) y AVISA por enfermedad renal crónica para 1990, 2005 y 2019. La información se desagregó por países, sexo, grupos etarios y subcausas. Resultados. Entre 1990 y 2019, la carga de la enfermedad renal crónica aumentó considerablemente en los países de América Latina, convirtiéndose en una de las principales causas de mortalidad y de AVISA. La tasa estandarizada de AVISA por enfermedad renal crónica se debió, en gran medida, al peso de las muertes prematuras más que a la discapacidad. En 2019, Nicaragua, El Salvador, México y Guatemala se destacaron por tener las tasas estandarizadas de mortalidad por enfermedad renal crónica y de AVISA más elevadas, mientras que Uruguay presentó las más bajas. Conclusiones. La enfermedad renal crónica es una epidemia invisibilizada que representa una carga excesiva, en mortalidad y AVISA, para los países de América Latina. Es indispensable aunar esfuerzos regionales para enfrentar la enfermedad, además de impulsar acciones locales que atiendan las particularidades de cada país.