Resumo A salinidade é um dos parâmetros ambientais mais críticos em relação à fisiologia dos peixes, modificando a ingestão de alimentos e o desempenho de crescimento em muitas espécies. O presente estudo investigou os efeitos de diferentes níveis de salinidade no desempenho de crescimento, alimentação e sobrevivência de jovens espécies de robalos asiáticos Lates calcarifer, as quais foram criadas sob salinidade 0 (T1), 5 (T2), 22 (T3), 36 (T4) e 42 (T5) ppt. Aproximadamente 830 indivíduos de peixes com peso médio de 1,24 ± 0,52 g foram distribuídos aleatoriamente (166 peixes / tanque) em cinco tanques de concreto (cada tanque tinha 30 × 6 × 4 pés (9,1 x 1,8 x 1,2 metros), com volume de 19,12 litros) por 40 dias. Os peixes foram inicialmente alimentados com uma dieta contendo 42% de proteína bruta a uma taxa de 6% do seu peso corporal por dia. Os resultados mostraram que o nível de salinidade teve um efeito significativo no ganho de peso (GP), ganho de peso médio diário (GPMD), taxa de crescimento específico (TCE), taxa de conversão alimentar (TCA), taxa de sobrevivência (TS), biomassa total e índices de saúde (p < 0,05). O maior GP (39,11 ± 1,49 g), GPMD (1,00 ± 0,12 g), TCE (8,74 ± 0,03% d-1) e o menor TCA (0,96 ± 0,20) foram observados com o tratamento T3, que foi significativamente superior em comparação com os outros tratamentos (p < 0,05). Entre os índices de saúde, os maiores índices hepatossomáticos e viscerossomáticos foram encontrados no tratamento T3, significativamente superior do que os demais grupos (p < 0,05). Não foram encontradas diferenças significativas entre os tratamentos quanto à TS (p > 0,05), mas a TS máxima (98,89 ± 0,0%) foi observada nos tratamentos T3 e T2. O nível máximo de proteína bruta (19,99 ± 1,4%) foi encontrado na composição bioquímica dos corpos dos jovens robalos asiáticos no grupo T3. A regressão polinomial de segunda ordem mostrou que a salinidade de 20 ppt é ótima para o melhor crescimento do robalo asiático. Assim, o presente estudo recomenda salinidade de 20 a 36 ppt para o cultivo comercial de robalo asiático em sistema de aquicultura fechado.
Abstract Salinity is one of the most critical environmental parameters regarding fish physiology, modifying food intake and growth performance in many fish species. The present study has investigated the effects of different salinity levels on growth performance, feeding and survival of Asian seabass Lates calcarifer juveniles. Asian seabass juveniles were reared at 0 (T1), 5 (T2), 22 (T3), 36 (T4), and 42 (T5) ppt salinity. Approximately eight hundred thirty fish individuals with an average weight of 1.24±0.52 g were randomly distributed (166 fish/Tank) in 5 concrete tanks (each tank 30×6×4 ft, volume 19,122 L) for forty days. Juveniles were initially fed 42% crude protein-containing diets at a rate of 6% of their body weight per day. The results showed that salinity level had a significant effect on the weight gain (WG), average daily weight gain (ADWG), specific growth rate (SGR), feed conversion ratio (FCR), survival rate (SR), total biomass and health indices (p<0.05). The highest WG (39.11±1.49 g), ADWG (1.00±0.12 g), SGR (8.74±0.03% d-1) and lowest FCR (0.96±0.20) were observed with T3 treatment, which was significantly higher compared to other treatment groups (p<0.05). Among the health indices, the highest hepatosomatic index and viscerosomatic index were found with T3 treatment, significantly higher than the other groups (p<0.05). No significant differences were found among the treatments in terms of survival rate (p>0.05), but the maximum survival rate (98.89±0.0%) was observed in the T3 and T2 treatments. The maximum level of crude proteins (19.99±1.4%) was found in the whole-body biochemical composition of Asian seabass juveniles in the T3 treatment group. The second-order polynomial regression showed that 20 ppt salinity is optimum for the best growth of Asian seabass. Thus, the present study recommends 20 to 36 ppt salinity for the commercial farming of Asian seabass under a closed aquaculture system.