Esse artigo trata do ímpeto nos Estados Unidos da América no processo de estender a responsabilização/prestação de contas (accountability) baseada em testes a professores e no crescente interesse em empregar modelos de valor acrescentado para gerar indicadores a serem utilizados na avaliação de professores. A literatura empírica mostra que a qualidade de ensino pelo professor é o fator escolar mais importante para o sucesso do aluno. Porém, em geral, as avaliações de professores são feitas de modo precário - quando feitas - e benefícios são prioritariamente determinados por tempo de serviço e títulos. Os formuladores de políticas veem o fortalecimento da responsabilização do professor como uma prioridade. Em particular, eles estão procurando aumentar o papel de resultados (outputs) em comparação com dados de entrada (inputs). Mas, devido aos problemas técnicos associados com indicadores derivados do status (status-based) de professores e da eficácia da escola, o foco foi orientado para indicadores baseados em alguma medida do progresso realizado pelos estudantes durante o ano letivo. Análises de valor acrescentado dependem de modelos estatísticos sofisticados para gerar estimadores da eficácia relativa dos professores, baseados em uma medida relacionada ao progresso dos alunos. Esse artigo fornece uma breve introdução aos modelos de valor acrescentado e faz um resumo dos principais resultados de pesquisas. Embora estimadores de valor acrescentado tenham algumas propriedades desejáveis, eles não representam uma solução simples e elegante para um problema complexo de avaliação. Nesse espírito, o artigo finaliza descrevendo algumas das muitas preocupações relativas ao uso de escores de valor acrescentado para decisões de grande consequência (high stakes) e sugere algumas maneiras para aumentar a possibilidade de que a responsabilização de professores irá contribuir construtivamente para a melhoria do ensino.
This article explains the impetus in the United States behind the drive to extend test-based accountability to teachers and the growing interest in employing value-added models to generate the indicators to be used in teacher evaluation. The empirical literature finds that teaching quality is the most important school-related determinant of student. Yet, in the main, teacher evaluations are done poorly - if at all - and compensation has been largely determined by seniority and credentials. Policy makers see strengthening teacher accountability as a priority. In particular, they are looking to increase the role of outputs in comparison to inputs. However, given the technical problems associated with status-based indicators of teacher and school effectiveness, the focus has turned to indicators based on some measure of the progress students have made during the academic year. Value-added analysis relies on sophisticated statistical models to generate estimates of the relative effectiveness of teachers, based on a measure related to student progress. This article provides a brief introduction to value-added models and summarizes key research findings. Although value-added estimates have some desirable properties, they do not represent a simple, neat solution to a complex evaluation problem. In this spirit, the article concludes by describing some of the many concerns regarding the use of value-added scores for high-stakes decisions and suggests some ways to enhance the likelihood that teacher accountability will contribute constructively to the improvement of teaching.
Este artículo analiza el entusiasmo existente en Estados Unidos con el proceso de extender la responsabilización (accountability) basada en tests a profesores y el creciente interés en emplear modelos de valor agregado para originar indicadores que se utilizarán en la evaluación de profesores. La literatura empírica muestra que la calidad de enseñanza del profesor es el factor escolar más importante para el éxito del alumno. Pero, en general, las evaluaciones de profesores se realizan de modo precario, cuando son hechas, y los beneficios se determinan prioritariamente por tiempo de servicio y por títulos. Los formuladores de políticas consideran el fortalecimiento de la responsabilización del profesor como una prioridad. En particular, buscan aumentar el papel de los resultados (outputs) comparados con los datos de entrada (inputs). Pero, debido a los problemas técnicos asociados con indicadores derivados del estatus (status-based) de profesores y de la eficacia de la escuela, el foco se orientó hacia indicadores basados en el progreso de los estudiantes durante el año lectivo. Se sabe que análisis de valor agregado dependen de modelos estadísticos sofisticados para originar estimadores de la eficacia de los profesores, basados en una medida relacionada con el progreso de los alumnos. Este artículo ofrece una breve introducción a los modelos de valor agregado y resume los principales resultados de investigaciones. Aunque estimadores de valor agregado tengan algunas propiedades deseables, no representan una solución sencilla y elegante para un problema complejo de evaluación. Finalmente, el artículo describe algunas preocupaciones que surgen con el uso de scores de valor agregado para decisiones de gran consecuencia y sugiere algunas formas que ayuden a que la responsabilización de profesores pueda contribuir constructivamente para la mejora de la enseñanza.