Resumo Manoel de Oliveira Lima (1867-1928) e Joaquim Nabuco (1849-1910) tiveram muito em comum e ocuparam espaços relevantes como diplomatas e homens de letras. Também tiveram suas diferenças politicas, mas souberam superá-las para forjar uma amizade que parecia sólida por duas décadas até que suas visões divergentes sobre os Estados Unidos, seu papel no continente e as relações com o Brasil os afastaram definitivamente. Nenhum dos dois era estranho às polêmicas nem a divergências, porém, quando Nabuco recebeu de Oliveira Lima o que interpretou como um ataque ao seu legado, foi o fim da amizade entre dois dos diplomatas mais importantes do seu tempo. O objetivo deste artigo é analisar o contexto em que se deu este rompimento, seus antecedentes e como ao fim e ao cabo foi mais um ego ferido do que uma diferença irreconciliável de ideias o que promoveu o rompimento. Além disso, busca evidenciar como o desenlace marcou a imagem de Oliveira Lima como figura difícil, diplomata rebelde e, ultimamente, como antiamericano.
Abstract Manoel de Oliveira Lima (1867-1928) and Joaquim Nabuco (1849-1910) had a lot in common and played relevant roles as diplomats and men of letters. They also had their political differences that they were able to overcome in order to create what it seemed like a solid friendship for two decades until their opposite views on the United States, its role in the continent and the relations with Brazil, set them apart. Their relationship had experienced previous controversies and disagreements before, but it was only when Nabuco experienced what he considered an attack on his legacy by Oliveira Lima that their friendship ended definitely. This article aims to analyze the context of the rupture, its background and how in the end it was a hurt ego more than an irreconcilable ideological battle what prompt them to cut ties. Moreover, it seeks to highlight how this episode helped to forge Oliveira Lima’s image as a difficult character, a rebel diplomat, and, finally, as anti-American.
Resumen Manoel de Oliveira Lima (1867-1928) y Joaquim Nabuco (1849-1910) tuvieron mucho en común y ocuparon espacios relevantes como diplomáticos y hombres de letras. También tuvieron sus diferencias políticas, sin embargo, supieron superarlas para crear una amistad que parecía solida por dos décadas hasta que sus visiones divergentes sobre los Estados Unidos, su papel en el continente y las relaciones con Brasil los alejaron definitivamente. Su relación no desconocía las polémicas ni las divergencias, pero cuando Nabuco sufrió lo que él consideró un ataque a su legado por parte de Oliveira Lima, fue el fin de la amistad entre dos de los diplomáticos más importantes de su tiempo. El objetivo de este artículo es analizar el contexto en que se dio el rompimiento, sus antecedentes y cómo al fin y al cabo un ego herido fue más determinante que una diferencia irreconciliable de ideas el responsable del vínculo. Además, busca poner de relieve cómo el episodio marcó la imagen de Oliveira Lima como una figura difícil, un diplomático rebelde y, por última, como antiamericano.