Resumen El número de fallecimientos por suicidio en España en 2020, año de la irrupción de la covid-19, ha sido el más alto registrado hasta la fecha, muy por encima del número de víctimas mortales por accidentes de tráfico, que han supuesto menos de la mitad que las de suicidios. Con estos datos, parecería razonable que la sociedad estuviera informada sobre este grave problema de salud pública o, cuando menos, que se informara más de los casos de suicidio que de los accidentes de tráfico. Pero esto no es así. El objetivo del artículo es obtener evidencias sobre cómo perciben los ciudadanos la información existente en los medios de comunicación y las redes sociales sobre el suicidio. Para llevar a cabo la investigación se realizó una encuesta a través de la plataforma Google y se preparó un grupo de discusión utilizando la metodología habitual para los grupos focales. Los resultados revelan que, a juicio de las personas encuestadas o entrevistadas, los medios no suelen informar sobre el suicidio y, cuando lo hacen, se abusa habitualmente del morbo y del sensacionalismo, por lo que se debería contar con la ayuda de expertos, formar a los periodistas y considerar la utilización de un enfoque preventivo. También se han detectado diferentes visiones sobre el suicidio en los medios de comunicación por parte de los menores y los mayores de 40 años, siendo los más jóvenes los que más han insistido en la necesidad de una educación para el consumo mediático y para afrontar el tratamiento que se da al suicidio en redes sociales.
Abstract In Spain, the number of deaths by suicide in 2020-the year of the outbreak of COVID-19-has been the highest figure recorded to date, well above the number of fatalities due to traffic accidents, which have accounted for less than half of deaths by suicide. With these data, it would seem reasonable that society was informed about this serious public health problem or, at least, that cases of suicide received more coverage than traffic accidents. But this is not so. The objective of the article is to obtain evidence on how citizens perceive the existing information in the media and social media platforms about suicide. A survey was administered through the Google platform, and a discussion group was prepared using the usual methodology for focus groups. The results have revealed that, in the opinion of the people surveyed or interviewed, the perception about the information on suicide is that the media does not report on it, that when reported, morbidity and sensationalism are habitually abused, and that the media should resort to experts, train journalists, and consider using a precautionary approach in giving this news. Different views on suicide have also been detected in the media by those under 40 years of age and those over this age, with the youngest members of the discussion group being the ones who have most insisted on the need for education for media consumption and to tackle the treatment given to suicide in social media.
Resumo O número de mortes por suicídio na Espanha em 2020, ano marcado pela covid-19, foi o maior registrado até hoje, muito superior ao número de mortes no trânsito, que foi menos da metade do número de suicídios. Com esses dados, pareceria razoável que a sociedade fosse informada sobre esse grave problema de saúde pública ou, pelo menos, que mais pessoas fossem informadas sobre casos de suicídio do que sobre acidentes de trânsito. Mas esse não é o caso. O objetivo deste artigo é obter evidências sobre como os cidadãos percebem as informações sobre suicídio nos meios de comunicação e nas redes sociais. Para realizar a pesquisa, foi feito um questionário por meio da plataforma do Google e um grupo de foco foi preparado usando a metodologia usual para grupos focais. Os resultados revelam que, na opinião das pessoas pesquisadas ou entrevistadas, os meios de comunicação não costumam informar sobre o suicídio e, quando o fazem, geralmente abusam da morbidez e do sensacionalismo, razão pela qual se deve buscar ajuda especializada, formar jornalistas e considerar uma abordagem preventiva. Também foram detectadas diferentes visões sobre o suicídio nos meios de comunicação por parte de crianças e pessoas com mais de 40 anos de idade, sendo que os mais jovens foram os que mais insistiram na necessidade de educação para o consumo midiático e para o enfrentamen-to do tratamento dado ao suicídio nas redes sociais.