Resumen: En el presente artículo me propongo a trabajar en cómo las categorías sexualidad, reproducción y maternidad se interpelan mutuamente, abriendo nuevos horizontes para habitar las experiencias de las mujeres y de los cuerpos feminizados. Para tanto, visibilizo algunas prácticas que se expresan en claves de mandato-deseo, control-liberación. Sin embargo, me interesa hacer hincapié en cómo los feminismos han aportado para desnaturalizar y re-significar experiencias personales, que a pesar de ser vividas desde ámbitos privados, se estructuran desde lo político. Desde esta perspectiva, me propongo problematizar tres dimensiones: (1) aportes centrales del pensamiento feminista para la deconstrucción de los mandatos del ordenamiento sexo-género; (2) de forma breve caracterizo la legalización de la interrupción voluntaria del embarazo y del matrimonio igualitario como arena de disputa, donde coexisten los avances de las luchas y la constante búsqueda de control por parte del accionar conservador-patriarcal. Por otro lado, me detengo en algunas resonancias que se despliegan desde composiciones familiares homoparentales, en especial las comaternidades lésbicas; (3) Abordo los procesos de embarazos y partos, que componen la experiencia sexual-reproductiva-maternal, como espacios que transitan entre mandatos y deseos. Retomo la lucha por la interrupción del embarazo y abordo la lucha por el parto y nacimiento humanizado, como campo fértil para reflexionar en torno a las tensiones, potencias y zonas grises. Este trabajo se enmarca en los avances de la tesis de maestría, que tiene como objetivo interpelar la construcción de las maternidades desde los feminismos. Los fragmentos de entrevistas son parte del trabajo de campo, donde utilizo el método biográfico, en especial la técnica “historia de vida” para analizar las trayectorias de las mujeres feministas. Finalmente, me interesa mirar cómo desde experiencias personales así como prácticas feministas y del movimiento LGBTIQ+, vienen colaborando a la promoción de distintos desordemamientos a los mandatos que giran en torno a las sexualidades y reproducción.
Abstract: In this article I propose to work on how the sexuality, reproduction and maternity categories and how they question each other, opening new horizons to inhabit the experiences of women and feminized bodies. For this, I make visible some practices that are expressed in terms of mandate-desire, control-liberation. However, my interest is in emphasizing how feminisms have contributed to denature and re-signify personal experiences, which despite being lived from private spheres, are structured from the political. From this perspective, I propose to problematize three dimensions: (1) central contributions of feminist thought for the deconstruction of the mandates of the sex-gender ordering; (2) I briefly characterize the legalization of the interruption of pregnancy and equal marriage as an arena of dispute that makes explicit the progress of the struggles and the constant search for control by the conservative-patriarchal actions. On the other hand, I dwell on some resonances that unfold from homoparental family compositions, especially lesbian co-maternities; (3) I address the processes of pregnancy and childbirth, which make up the sexual-reproductive-maternal experience, as spaces that transit between mandates and desires. I return to the fight for the termination of pregnancy and address the fight for humanized labor and birth, as a fertile field to reflect on tensions, powers and gray areas. This work is part of the progress of the master's thesis, which aims to question the construction of maternity from feminisms. The fragments of interviews are part of the field work carried where I used the biographical method, especially the "life story" technique to analyze the trajectories of feminist women. Finally, I am interested in looking at how, from personal experiences as well as feminist practices and the LGBTIQ+ movement, they have been corroborating the promotion of different disorders of the mandates that revolve around sexualities and reproduction.
Resumo: Neste artigo proponho trabalhar como as categorias sexualidade, reprodução e maternidade, al serem questionadas, abren novos horizontes nas experiências das mulheres e dos corpos feminizados. Para isso, abordo algumas práticas que se expressam em termos de mandato-desejo, controle-libertação. No entanto, enfatizo como o movimento feminista têm contribuído para desnaturar e ressignificar experiências pessoais, que ainda que sejam vividas no âmbito privado, são extremamente políticas. Deste este ponto de vista, proponho problematizar três dimensões: (1) contribuições centrais do pensamento feminista para a desconstrução dos mandatos sexo-gênero; (2) Caracterizo brevemente a legalização da interrupção voluntaria da gravidez e do casamento igualitário, como uma arena de disputa onde coexistem o avanço das lutas e a busca constante pelo controle por parte das ações conservadoras-patriarcais. Por outro lado, detenho-me em algumas ressonâncias que se expresam em composições familiares homoparentais, especialmente nas co-maternidades lésbicas; (3) Abordo os processos de gravidez e parto, que compõem a experiência sexual-reprodutiva-maternal, como espaços que transitam entre mandatos e desejos. Retomo a luta pela interrupção da gravidez e abordo a luta pelo parto humanizado, como campo fértil para refletir sobre tensões, potências e ambiguidades. Este trabalho compartilha alguns avanços da dissertação de mestrado, que visa questionar a construção das maternidades a partir dos feminismos. Os fragmentos das entrevistas fazem parte do trabalho de campo, em que analiso trajetórias de mulheres feministas em relação ao seu processo de tornar-se mãe, utilizando o método biográfico, especialmente a técnica da “história de vida”. Por fim, interessa-me observar como, a partir de experiências pessoais, das práticas feministas e do movimento LGBTIQ+, têm colaborado para promover diferentes desordens dos mandatos que giram em torno das sexualidades e da reprodução.