Resumo Este trabalho apresenta os resultados de um estudo qualitativo de pesquisa-ação-reflexão em que um seminário foi utilizado como espaço para análise da obra O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, a fim de estimular o pensamento crítico sobre a construção da mulher. Os eixos de análise foram divididos em quatro dimensões: biológica, sociocultural, psicológica e profissional. Os participantes neste processo de investigação foram 27 alunos da licenciatura em Educação (CITE 6). Para o desenvolvimento foram levantadas questões reflexivas como: o que significa ser mulher? Como se tornar mulher? Por que se mantêm certos preconceitos ou estereótipos? E qual a finalidade de sua existência? Estas questões cognitivas foram integradas nas quatro fases da pesquisa: 1) análise, diálogo e reflexão teórica; 2) exploração da situação pessoal; 3) reflexão sobre o atual e o ideal e 4) formulação de um plano de ação rumo à liberdade e à transcendência. Os resultados revelaram que a fase mais desafiadora da vida das mulheres é o início da idade adulta, fase onde surgem os medos relacionados ao agir e ao ser. Nesse sentido, mais de 42% das estudantes admitiram ter se adaptado aos padrões sociais ou familiares para continuar os estudos, enquanto 33% associaram a feminilidade a tarefas como a maternidade, o cuidado da casa e a preocupação com a aparência. Através de uma análise crítica e colaborativa, foram identificados e avaliados os estereótipos presentes em cada história, o que permitiu o desenvolvimento de planos de ação individuais. Estes planos foram desenhados para que os alunos pudessem estabelecer metas progressivas de forma a alcançarem autonomia intelectual, emocional e económica que lhes permitisse tomar decisões conscientes e livres.
Abstract The results of a qualitative action-reflection research study are shared here, where a seminar was used as a space for analysis of the work: The Second Sex (Spanish version) by Simone de Beauvoir to foster the formation of critical thinking about the construction of women. The analysis axes were developed along four of women’s construction dimensions: biological, sociocultural, psychological, and professional. The main characters of their own research project were 27 students of a bachelor’s degree in Education (ISCED 6) and the reflective questions: “What is it to be a woman?” ,“How did I turn into a woman?”, “Why do I follow certain prejudices or stereotypes?” and “Why do I exist?” were the cognitive devices used for the development of the four research phases: 1) Theoretical analysis and reflection, 2) Approaching my real situation, 3) Reflection about what is and what should be, and 4) Action plan for my liberty and transcendence. The findings in the stories of the participants point to the young adulthood as the toughest stage they have had to live as women, along with the existence of fear of doing and fear of being. Also, over 42% of the students stated that they have had to adapt to society’s or parents’ standards in order to continue studying; 335 of the participants related the meaning of being a woman with having a child, cleaning a house and taking care of appearance. Through a critical analysis based on contrast and collaborative reflection, the stereotypes detected in each narrative were assessed, and eventually they developed an individual action plan leading students to establish progressive goals for the acquisition of intellectual, emotional and financial autonomy that reminds them they are conscious beings that freely make their own choices.
Resumen En este trabajo se presentan los resultados de un estudio cualitativo de investigación-acción-reflexión en el que se empleó un seminario como espacio para analizar la obra El segundo sexo de Simone de Beauvoir con el fin de fomentar un pensamiento crítico sobre la construcción de la mujer. Los ejes de análisis se dividieron en cuatro dimensiones: biológica, sociocultural, psicológica y profesional. Los participantes en este proceso investigativo fueron 27 estudiantes de la licenciatura en Educación (CINE 6). Para el desarrollo se plantearon preguntas reflexivas como las siguientes: ¿qué significa ser mujer?, ¿cómo se llega a ser mujer?, ¿por qué se mantienen ciertos prejuicios o estereotipos?, y ¿cuál es el propósito de su existencia? Estas cuestiones cognitivas se integraron en las cuatro fases de la investigación: 1) análisis, diálogo y reflexión teórica; 2) exploración de la situación personal; 3) reflexión sobre lo actual y lo ideal, y 4) formulación de un plan de acción hacia la libertad y la trascendencia. Los resultados revelaron que la etapa más desafiante de la vida de las mujeres es la adultez temprana, etapa donde se presentan miedos relacionados con el actuar y el ser. En tal sentido, más del 42 % de las estudiantes admitieron haberse adaptado a los estándares sociales o familiares para continuar con sus estudios, mientras que el 33 % asoció la feminidad con tareas como la maternidad, el cuidado del hogar y la preocupación por la apariencia. A través de un análisis crítico y colaborativo se identificaron y evaluaron los estereotipos presentes en cada relato, lo que permitió la elaboración de planes de acción individuales. Estos planes estaban diseñados para que las estudiantes pudieran establecer metas progresivas con el fin alcanzar una autonomía intelectual, emocional y económica que les permitiera tomar decisiones conscientes y libres.