Resumo Tendo como ponto de partida o debate sobre o conhecimento das origens de parentesco como direito humano, este artigo discute a correlação entre identidade e pertencimento familiar a partir de pesquisa etnográfica em grupos de apoio à adoção, conversas e entrevistas com seus membros e coordenadores. A partir da narrativa de uma filha adotada, que conhecemos nas reuniões do grupo, aprofundamos ainda a discussão sobre o modo como numa trajetória pessoal singular se entrelaçam questões identitárias e relacionais tanto quanto concepções mais amplas sobre família, parentesco, raça, gênero, classe e pertencimento. Concordando com Strathern (1999) que a revelação de uma nova informação de parentesco pode ser envolvida por cautelas e tensões, uma vez que traz impactos embutidos para a identidade pessoal e para os relacionamentos, refletimos sobre alguns dos embates entre a prática de adoção e o direito às origens.
Abstract Having as a starting point the debate about knowing one’s family origins as a human right, this article discusses the relationship between family identity and belonging based on an ethnographic research in adoption support groups, talks and interviews with their members and coordinators. From the story of an adopted daughter that we met in group meetings, we also deepened the discussion on how, in a single personal path, identity and relationship matters intertwine as much as broader conceptions about family, kinship, race, gender, class and belonging. Agreeing with Strathern (1999) that revealing new information about kinship can be surrounded by caution and tension, since it brings along impacts to one’s personal identity and relationships, we reflect about some conflicts between the adoption practice and the right to origin.
Resumen Teniendo como punto de partida el debate sobre el conocimiento de los orígenes de parentesco como derecho humano, este artículo discute la correlación entre identidad y pertenencia familiar a partir de la investigación etnográfica en grupos de apoyo a la adopción, conversaciones y entrevistas con sus miembros y coordinadores. Con base en narrativas de una hija adoptada, que conocemos en las reuniones del grupo, profundizamos también en la discusión sobre el modo como, en una trayectoria personal singular, se enlazan cuestiones identitarias y relacionales tanto cuanto concepciones más amplias sobre familia, parentesco, raza, género, clase y pertenencia. Estando de acuerdo con Strathern (1999) que las revelaciones de una nueva información de parentesco puede ser envuelta por cautelas y tensiones, una vez que trae impactos incrustados para la identidad personal y para los relacionamientos, reflexionamos sobre algunos de los embates entre la práctica de la adopción y el derecho a los orígenes.