Resumen En este artículo se analiza al arquitecto Horacio Acosta y Lara (Montevideo, 1875-1966) en tanto figura relevante de la profesión: primer presidente de la Sociedad de Arquitectos, primer decano de la Facultad de Arquitectura, primer presidente de los Congresos Panamericanos de Arquitectos y personalidad de proyección internacional. Pero el interés no consiste en resumir su biografía sino en examinar su función al interior de la organización profesional. Se sostiene aquí que su figura se construyó, por parte de sus colegas y de él mismo, como la de un héroe profesional. El objetivo del artículo es brindar pautas para comprender el reconocimiento obtenido por Acosta y Lara y, más importante aún, para entender cómo construyó ese reconocimiento y qué vínculos tenía con aquello que la profesión deseaba. Se sostiene entonces que, más allá de sus méritos personales, la acumulación de capital simbólico estuvo ligada a las necesidades y la autopercepción de la profesión arquitectónica, que veía en su figura la encarnación de sus propios ideales, aún si la actuación de Acosta y Lara no estuvo exenta de contradicciones. El método que se ha elegido para este estudio parte de la revisión cualitativa de una serie de fuentes escritas seleccionadas. En particular, se hará énfasis en el número doble de la revista Arquitectura, publicación de la Sociedad de Arquitectos, de julio-agosto de 1929, que homenajea la figura de Acosta y Lara. Este documento, no solamente nos permite adentrarnos en su trayectoria, sino que evidencia las características del personaje que se exaltan (y aquellas que no), lo que nos permite vislumbrar los rasgos más nítidos del “ideal profesional” buscado por los arquitectos.
Abstract This article analyses the architect Horacio Acosta y Lara (Montevideo, 1875-1966) as an important figure in the profession: first president of the Society of Architects, first dean of the Faculty of Architecture, first president of the Pan-American Congress of Architects and a personality of international renown. But the interest is not in summarizing his biography but in examining his function within the professional organization. It is argued here that his figure was constructed, by his colleagues and by himself, as that of a professional hero. The objective of the article is to provide guidelines to understand the recognition obtained by Acosta and Lara and, more importantly, to understand how he built that recognition and what links it had with what the profession wanted. It is then argued that, beyond his personal merits, the accumulation of symbolic capital was linked to the needs and self-perception of the architectural profession, which saw in his figure the embodiment of its own ideals, even if the actions of Acosta and Lara It was not without contradictions. The method chosen for this study is based on the qualitative review of a series of selected written sources. In particular, emphasis will be placed on the double issue of Arquitectura magazine, publication of the Society of Architects, from July-August 1929, which pays tribute to the figure of Acosta y Lara. This document not only allows us to delve into his career, but also shows the characteristics of the character that are exalted (and those that are not), which allows us to glimpse the clearest features of the “professional ideal” sought by architects.
Resumo Este artigo analisa o arquiteto Horacio Acosta y Lara (Montevidéu, 1875-1966) como figura relevante da profissão: primeiro presidente da Sociedade de Arquitetos, primeiro reitor da Faculdade de Arquitetura, primeiro presidente dos Congressos Pan-Americanos de Arquitetos e personalidade com projeção internacional. Mas o interesse não está em resumir a sua biografia, mas em examinar a sua função dentro da organização profissional. Argumenta-se aqui que sua figura foi construída, pelos colegas e por ele mesmo, como a de um herói profissional. O objetivo do artigo é fornecer diretrizes para compreender o reconhecimento obtido por Acosta y Lara e, mais importante, compreender como ele construiu esse reconhecimento e quais ligações ele tinha com o que a profissão desejava. Argumenta-se então que, para além dos seus méritos pessoais, a acumulação de capital simbólico estava ligada às necessidades e à autopercepção da profissão de arquiteto, que via na sua figura a materialização dos seus próprios ideais, ainda que as ações de Acosta y Lara não tenham sido isentas de contradições. O método escolhido para este estudo baseia-se na revisão qualitativa de uma série de fontes escritas selecionadas. Em particular, será dado destaque ao duplo número da revista Arquitectura, publicação da Sociedade de Arquitetos, de julho-agosto de 1929, que presta homenagem à figura de Acosta y Lara. Este documento não só nos permite aprofundar a sua trajetória, mas também mostra as características do personagem que são exaltadas (e as que não o são), o que nos permite vislumbrar os traços mais claros do “ideal profissional” almejado pelos arquitetos.