La existencia del trabajo infantil es tan antigua como la historia de hombre. En Brasil esta realidad está enmascarada, porque difícilmente el menor y sus familiares declaran la vinculación entre el accidente con la actividad laboral, debido a su ilegalidad. Por otro lado, los profesionales de la salud parecen no percibir la conexión entre el trabajo ejecutado por los menores y las consecuencias para su salud. Este estudio tuvo como objetivo estudiar las condiciones de trabajo de los menores trabajadores que sufrieron accidentes del trabajo (AT) y fueron atendidos en el servicio público de salud de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Para eso, se revisaron las fichas de ingreso a urgencias de los menores, con AT, atendidos durante el periodo de un año, con la intención de identificar el sexo, la edad, la ocupación, el tipo de AT, la parte del cuerpo afectada y causa del accidente. Se observó que de las 1.589 fichas de ingreso a urgencias de menores de 18 años, 56 se identificaron como víctimas de accidente de trabajo; 64,3% eran niños con edad que iba de 11 a 17 años y 12,4% trabajaban como "auxiliares" de diferentes actividades de servicios. 60,7% de los AT eran de accidentes típicos; 51,8% de los menores tenían los miembros superiores dañados; las causas más frecuentes de los AT fueron: contacto con materiales corto-punzantes (37,5%), seguido por accidentes de trayecto (19,7%) y caídas, exceso de ejercicios y movimientos rigurosos (8,9% cada uno). Se concluyó que a pesar de la prohibición legal y la subnotificación accidentaria el trabajo infantil existe en la ciudad estudiada, como se muestra en el presente estudio
The existence of the infantile work is as old as the history of man. In Brazil this reality is masked because, hardly the minors victims of accidents and their relatives declare, the relation of the accident with the working activity, due to its illegality. On the other hand, the health professionals seem not to notice the connection between the work executed by the minor and the offenses to the health that he suffers. The aim of this research was to study the working conditions of the minor workers, that suffered work accidents (WA) and were assisted by the public service of health of Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil. For that, the revision of the minor handbooks was used with WA assisted in the period of one year, it was sought to identify sex, age, occupation, type of WA, part of the body affected and agent cause of the accident. It was evidenced that of 1589 handbooks of 18 year-old minors, 56 had been identified as accident victims of work; 64.3% were boys with age varying from 11 to 17 years and 12.4 worked as «auxiliaries» of several services. 60.7% of the WA were of typical accidents, 51.8% of the minors had the superior members harmed MMSS; the most frequent causes of the WA were: contact with cutting-incisive materials (37.5%), followed by the accidents of traffic (19.7%) and falls, excess of exercises and rigorous movements (8.9% each one). It was concluded that in spite of the legal prohibition, the infantile work exists in the studied city, although there exists the sub -notification of accident, as noticed in the present study
A existência do trabalho infantil é tão antiga quanto a história do homem. No Brasil esta realidade é mascarada pois, dificilmente o menor acidentado e seus familiares declaram, a vinculação do acidente ocorrido com a atividade laboral, devido a sua ilegalidade. Por outro lado, os profissionais da saúde parecem não perceber o nexo entre o trabalho executado pelo menor e os agravos à saúde que ele sofre. Este estudo teve como objetivo estudar as condições laborais dos menores trabalhadores, que sofreram acidentes de trabalho (AT) e foram atendidos pelo serviço público de saúde de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Para tanto, utilizou-se a revisão dos prontuários de menores com AT atendidos no período de um ano, buscando-se identificar o sexo, idade, ocupação, tipo de AT, parte do corpo afetada e agente causador do acidente. Evidenciou -se que de 1589 prontuários de menores de 18 anos, 56 tinham sido identificados como acidentados do trabalho; 64,3% eram meninos com idade variando de 11 a 17 anos e 12,4 trabalhavam como "auxiliares" de vários serviços. 60,7% dos AT eram de acidente típicos, 51,8% dos menores tiveram os MMSS lesados; as causas mais frequentes dos AT foram: contato com materiais corto-contusos (37,5%), seguido pelos acidentes de trânsito (19,7%) e quedas, excesso de exercícios e movimentos rigorosos (8,9% cada um). Concluiu-se que apesar da proibição legal, o trabalho infantil existe na cidade estudada, ainda que haja a sub- notificação acidentária, conforme percebe-se no presente estudo.