RESUMEN ¿Son los dos sexos iguales ante el acto de verter la sangre? ¿En qué medida el género orienta las representaciones del acto de verter la sangre? Un primer análisis parece confirmar que la mujer aparece excluida del acto de verter la sangre, sea de manera concreta o simbólica. Los discursos y representaciones la excluyen de la guerra y de la caza o -en las normas y usos sociales todavía vigentes en la actualidad- de los actos de cortar la carne o servir el vino en la mesa. Perteneciente al "sexo débil", la mujer se presenta destinada a actividades percibidas como pacíficas: tareas domésticas, educación de los hijos. Por ello, las mujeres guerreras y violentas aparecen como monstruos o excepciones que deben su comportamiento a circunstancias excepcionales, como la muerte o la ausencia de figuras masculinas. Las barreras mentales que apartan a las mujeres de la efusión de sangre -guerra y caza en particular- se aplican asimismo al clero. ¿En qué medida, entonces, la pertenencia genérica determina en las representaciones el acto de verter la sangre?
ABSTRACT Are the two sexes equal with respect to the act of shedding blood? To what extent does gender guide representations of the act of shedding blood? An initial analysis seems to confirm that women are excluded from the act of shedding blood, whether concretely or symbolically. Discourses and representations exclude them from war and hunting, or -according to certain norms and social uses still prevailing today- from the acts of cutting meat or serving wine at the table As members of the "gentle sex", women appear to be meant for activities perceived as peaceful: household chores, or raising children. Consequently, female warriors and violent women are considered to be monsters or exceptions, whose behavior is due to exceptional circumstances, such as death or absence of male figures. The mental barriers that separate women from bloodshed -war and hunting, in particular- are also applied to clergymen. To what extent, then, does gender-belonging determine the representations of the act of spilling blood?
RESUMO Os dois sexos são iguais frente ao derramamento de sangue? Até que ponto o gênero orienta as representações do derramamento de sangue? Uma primeira análise parece confirmar que a mulher parece excluída do ato de derramar sangue, seja de forma concreta ou simbólica. Os discursos e as representações excluem a mulher da guerra e da caça ou -nas normas e usos sociais ainda em vigor hoje- dos atos de cortar carne ou servir vinho à mesa. Pertencentes ao "sexo frágil", à mulher foram delegadas atividades classificadas como pacíficas, como o trabalho doméstico e a educação dos filhos. Portanto, mulheres guerreiras e violentas aparecem como monstros ou exceções que devem seu comportamento a circunstâncias excepcionais, como a morte ou a ausência de figuras masculinas. As barreiras mentais que separam as mulheres do derramamento de sangue -guerra e caça em particular- também se aplicam ao clero. Até que ponto, então, a associação genérica determina o ato de derramar sangue?