Moléstias podem atacar severamente hortaliças cultivadas em cultivos protegidos e, para o manejo integrado dessas moléstias, o conhecimento das condições climáticas que favorecem sua incidência nesses cultivos é fundamental. O trabalho teve o objetivo de identificar as moléstias em tomateiro cultivado em estufas plásticas em quatro municípios na região central do Rio Grande do Sul e as condições de temperatura e umidade relativa (UR) do ar nas quais elas ocorrem. O estudo foi realizado nos municípios de São Pedro do Sul, São Sepé, Ivorá e Santa Maria (RS), no período de março a outubro de 1998. A temperatura e umidade relativa do ar foram medidas diariamente com um psicrômetro. As moléstias observadas e sua incidência máxima foram: requeima (Phytophthora infestans): 100,0%, pinta-preta (Alternaria solani): 98,1%, mofo cinzento (Botrytis cinerea): 55,4%, cladosporiose (Cladosporuim fulvum): 48,9%, septoriose (Septoria lycopersici): 37,5%, talo-oco (Erwinia spp.): 33,0%, murcha de fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici): 8,4% e podridão de esclerotínia (Sclerotinia sclerotiorum): 1,3%. Valores de UR superiores a 80%, de maneira geral, aumentaram a incidência das moléstias, em sua maioria de origem fúngica. A incidência de moléstias varia entre municípios de uma mesma região climática de acordo com os fatores meteorológicos e práticas de manejo da cultura.
Fungal and bacterial diseases can severely damage vegetables cultivated in commercial greenhouses and, for integrated disease management, knowing the environmental conditions that favor the occurrence of diseases is fundamental. The objective of this work was to identify the diseases in tomato cultivated in plastic greenhouses in four locations in Rio Grande do Sul and the temperature and relative humidity favoring plant diseases. This study was done in four greenhouses, cropped to tomato, located in São Pedro do Sul, São Sepé, Ivorá, and Santa Maria (RS-Brazil), from March to October of 1998. The air temperature and the relative humidity inside the greenhouses were measured daily with a psicrometer. The diseases identified and their maximum incidence were: late blight (Phytophthora infestans): 100,0%, early blight (Alternaria solani): 98,1%, gray mold (Botrytis cinerea): 55,4%, leaf mold (Cladosporuim fulvum): 48,9%, leaf spot (Septoria lycopersici): 37,5%, soft rot (Erwinia spp.): 33,0%, fusarium wilt (Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici): 8,4%, and watery soft rot (Sclerotinia sclerotiorum): 1,3%. Air relative humidity greater than 80%, in general, increased disease incidence, which were predominantely caused by fungi. The disease incidence on tomato varied among locations in the same climatic region due to variations in meteorological conditions and crop management practices.