Resumen El objetivo de esta propuesta es promover un debate teórico-crítico en el campo de los estudios literarios, cuyo eje problemático sea la importancia de la paradoja como modo de pensamiento y representación/construcción del mundo, alternativa a las epistemologías hegemónicas asociadas a la razón instrumental occidental. Considerando, con G. Deleuze, que toda gramática y todo silogismo son un medio de mantener la subordinación de las conjunciones al verbo ser, uno de los desafíos intelectuales a los que nos enfrentamos en la actualidad es pensar el “ser” simultáneamente en términos de identidad y de devenir, término con una genealogía que va desde Heráclito pasando por Bergson hasta Deleuze y que ha sido rescatado como una forma de evitar esencializaciones inmovilizadoras. Encontramos, en modos tan diversos como los que aquí llamamos “pensamiento marrano”, “pensamiento exu” y en las cosmologías amerindias, una exoneración del individuo del peso y la obligación de una unidad coherente, disciplinadora, hegemónica y homogeneizadora. Estos modos revelan una paradoja ontológica cardinal: aquella según la cual el yo sólo llega a ser él mismo convirtiéndose en otro. A su vez, estas cosmologías “no occidentales” subvierten la linealidad del tiempo al reimaginar el presente, el pasado y el futuro como un todo organizado según leyes más sutiles y complejas que la concepción occidental del tiempo histórico. Cada vez más presentes en el panorama artístico y literario contemporáneo, estas cosmologías son fuentes especialmente ricas en figuras paradójicas, constituyendo una intervención epistemológica que se muestra urgente en la situación liminar de un mundo en plena catástrofe, marcado por oleadas de extinción y desertización. teóricocrítico teórico crítico literarios representaciónconstrucción representación construcción Considerando G “ser devenir inmovilizadoras Encontramos marrano, marrano , marrano” exu amerindias coherente disciplinadora homogeneizadora cardinal otro no occidentales presente histórico contemporáneo paradójicas catástrofe desertización
Abstract The aim of this proposal is to promote a theoretical-critical debate in the field of literary studies, with a focus on discussing the importance of paradox as a mode of thought and representation/construction of the world, an alternative to the hegemonic epistemologies associated with Western instrumental reason. Considering, like G. Deleuze, that the whole of grammar and the whole of the syllogism is a way of maintaining the subordination of conjunctions to the verb to be, one of the intellectual challenges we face today is to think of “being” simultaneously in terms of identity and becoming, a term with a genealogy that goes from Heraclitus via Bergson to Deleuze and which has been revived as a way of avoiding immobilizing essentializations. We find, in modes as diverse as those we call here “marrano thinking”, “Yoruba Esu Thinking”, and in Amerindian cosmologies, an exoneration of the individual from the weight and obligation of a coherent, disciplining, hegemonic and homogenizing unity. These modes reveal a cardinal ontological paradox: one according to which the self becomes itself only by becoming other. In turn, these “non-Western” cosmologies subvert the linearity of time by reimagining the present, the past and the future as a whole organized according to more subtle and complex laws than the Western conception of historical time. Increasingly present on the contemporary artistic and literature scene, these cosmologies are particularly rich sources of paradoxical figures, constituting an urgent epistemological intervention in the liminal situation of a world in the throes of catastrophe, marked by waves of extinction and desertification. theoreticalcritical theoretical critical studies representationconstruction representation construction reason Considering G be being “being essentializations find marrano thinking, thinking , thinking” Yoruba Thinking, Thinking Thinking” coherent disciplining unity other turn nonWestern non “non-Western scene figures catastrophe desertification
Resumo Com esta proposta busca-se promover um debate teórico-crítico no âmbito dos estudos literários, que tenha como eixo problemático a importância do paradoxo como modo de pensamento e representação/construção do mundo, alternativo às epistemologias hegemônicas associadas à razão instrumental do Ocidente. Considerando, com G. Deleuze, que toda gramática e todo silogismo são um meio de manter a subordinação das conjunções ao verbo ser, um dos desafios intelectuais que enfrentamos atualmente consiste em pensar o “ser”, simultaneamente, em termos identitários e de devir, termo com uma genealogia que vai de Heráclito via Bergson até Deleuze e que vem sendo resgatado como forma de evitar essencializaçōes imobilizantes. Encontramos, em modos tão diversos como os que chamamos aqui “pensar-marrano”, “pensar-Exu” e nas cosmologias ameríndias, uma exoneração do indivíduo do peso e da obrigatoriedade de uma unidade coerente, disciplinadora hegemônica e homogeneizante. Nelas se desenha um paradoxo ontológico cardinal: aquele segundo o qual o eu só devém si mesmo ao tornar-se outro. Por sua vez, estas, as cosmologias “não ocidentais”, subvertem a linearidade do tempo, na reimaginação do presente, do passado e do futuro, vistos como um todo organizado segundo leis mais sutis e complexas do que a concepção ocidental de tempo histórico. Cada vez mais presentes no cenário das artes e as literaturas contemporâneas, estas cosmologias mostram-se como fontes particularmente ricas de figuras paradoxais, constituindo uma intervenção epistemológica revestida de valor emergencial na situação liminar de um mundo em plena catástrofe, marcado pelas ondas de extinção e desertificação. buscase busca teóricocrítico teórico crítico literários representaçãoconstrução representação construção Ocidente Considerando G ser , “ser” simultaneamente devir imobilizantes Encontramos pensarmarrano, pensarmarrano marrano “pensar-marrano” pensarExu Exu “pensar-Exu ameríndias coerente homogeneizante cardinal tornarse tornar outro não ocidentais, ocidentais ocidentais” presente futuro histórico contemporâneas mostramse mostram paradoxais catástrofe desertificação “ser “pensar-marrano