RESUMO: Este trabalho teve como objetivo comparar o consumo de matéria seca, produção de leite, composição do leite e parâmetros fisiológicos e bioquímicos entre vacas Holandesas e Jersey sob estresse térmico. Vacas Holandesas (n=8) e Jersey (n=8) foram alocadas em dois grupos de tratamento: VA, com resfriamento, e SVA, sem resfriamento. O experimento incluiu 14 dias de adaptação (todas as vacas foram resfriadas) e cinco dias de avaliação (apenas as vacas VA foram resfriadas). O consumo de matéria seca e a produção de leite foram medidos diariamente. No Dia 0 do período de adaptação e nos Dias 1, 3 e 5 do período de avaliação, foram coletadas amostras de leite para análise de composição, físico-química e células somáticas; foi coletado sangue para análise do conteúdo de proteínas totais, albumina, uréia, creatinina, glicose e beta-hidroxibutirato. Os parâmetros fisiológicos medidos foram frequência respiratória, temperatura superficial, temperatura retal e movimentos ruminais. O delineamento experimental foi fatorial 2 × 3, com dois tratamentos e três dias. Os dados foram submetidos à ANOVA e testados quanto à normalidade dos resíduos. Para o consumo de matéria seca houve interação tratamento*dia e a produção e composição do leite foram semelhantes. Apenas o conteúdo proteico foi maior no grupo de tratamento VA do que no grupo SVA. O leite das vacas SVA apresentou maior resistência ao etanol do que o das vacas VA. O ponto de congelamento foi maior no grupo de tratamento VA. A concentração de beta-hidroxibutirato foi maior no grupo de tratamento VA. Um curto período de estresse térmico não afetou imediatamente a produção, mas afetou a composição e as propriedades físico-químicas do leite. O resfriamento ativo das vacas com ventilação e aspersão influencia a quantidade de calor produzido e retido, impactando nos parâmetros fisiológicos, metabólitos sanguíneos, composição e propriedades físico-químicas do leite.
ABSTRACT: This research compared dry matter intake, milk yield, milk composition, and physiological and biochemical parameters between holstein and jersey cows under heat stress. Holstein (n=8) and Jersey (n=8) cows were allocated into two treatment groups: VA, with cooling, and SVA, with no cooling. The experiment included 14 days of adaptation (all the cows were cooled) and 5 days of evaluation (only the VA cows were cooled). Dry matter intake and milk production were measured daily. On Day 0 of the adaptation period and on Days 1, 3 and 5 of the evaluation period, milk samples were collected for composition, physicochemical and somatic cell analysis; blood was collected for analysis of the contents of total proteins, albumin, urea, creatinine, glucose, and beta-hydroxybutyrate. The physiological parameters measured were respiratory rate, surface temperature, rectal temperature and ruminal movements. The experimental design was a 2 × 3 factorial, with two treatments and three days. The data were subjected to ANOVA and tested for normality of the residuals. For dry matter intake, there was a treatment*day interaction, and the milk yield and composition of the treatments were similar. Only the protein content was greater in the VA treatment group than in the SVA group. The milk from SVA cows had greater resistance to ethanol than that from VA cows. The freezing point was greater in the VA treatment group. The concentration of beta-hydroxybutyrate was greater in the VA treatment group. A short heat stress period did not immediately affect production, but it did affect the composition and physicochemical properties of milk. The active cooling of cows with ventilation and sprinkling influences the amount of heat produced and retained, impacting the physiological parameters, blood metabolites, composition, and physicochemical properties of milk.