Transcurridos más de veinte años desde la reforma constitucional argentina, sin que se haya dado cumplimiento a la cláusula transitoria sexta, que establecía la realización de una nueva ley de coparticipación federal, y pese a los importantes logros en la disminución de la pobreza, el rompimiento de la pobreza estructural y la consolidación de la clase media desde 2001 hasta 2015, importantes desequilibrios se mantienen en Argentina respecto a la igualdad de oportunidades entre los ciudadanos por región individualmente considerada, lo cual constituye un desafío y una prioridad de agenda para el Estado. El federalismo fiscal, como fenómeno e instrumento en pos del desarrollo social, debe atender a la igualación de oportunidades como objetivo central, en función del cual se podrá repensar toda la estructura vertical de competencias, capacidades y responsabilidades gubernamentales. Un desafío importante es dar mayor implicancia al proceso bottom-up en la configuración o reconfiguración de políticas públicas, actualmente signadas por la discrecionalidad y el direccionamiento, para buscar políticas consensuadas y cercanas a los ciudadanos en todos los rincones del país.
ABSTRACT After more than 20 years since the constitutional reform, not having complied with the sixth provisional clause, and despite the progress made in reducing poverty and strengthening the middle class since 2001 to date, significant imbalances remain in Argentina with regard to the equality of opportunities among citizens from different regions of the country, which is both a challenge and a priority in the State's agenda. Fiscal Federalism as a phenomenon and instrument for social development must attend to the equalization of opportunities as a central objective, according to which it will be possible to rethink the entire vertical structure of governmental competencies, capacities and responsibilities. A major challenge is to give greater impetus to the bottom-up process in the configuration or reconfiguration of public policies, currently marked by discretion and direction, to seek consensus policies and close to citizens in all corners of the country.
RESUMO Após mais de 20 anos da reforma constitucional argentina, sem que tenha sido cumprida a cláusula transitória sexta, que estabelecia a realização de uma nova lei de coparticipação federal, e, embora os importantes progressos na diminuição da pobreza, o rompimento da pobreza estrutural e a consolidação da classe média desde 2001 até 2015, importantes desiquilíbrios se mantêm na Argentina quanto à desigualdade de oportunidades entre os cidadãos por região individualmente considerada, o que constitui um desafio e uma prioridade de agenda para o Estado. O federalismo fiscal, como fenômeno e instrumento em prol do desenvolvimento social, deve atender à igualação de oportunidades como objetivo central, em função do qual poderá ser repensada toda a estrutura vertical de competências, capacidades e responsabilidades governamentais. Um desafio importante é dar maior implicância ao processo bottom-up na configuração ou reconfiguração de políticas públicas, atualmente marcadas pela discricionariedade e pelo direcionamento para buscar políticas consensuais e próximas dos cidadãos em todos os lugares do país.