Resumo Introdução: O bem-estar médico ganhou relevância na área da saúde, especialmente face à “epidemia de esgotamento”. Este estudo tem como objetivo avaliar a implementação e eficácia de um programa para melhorar o bem-estar do pessoal da Unidade Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia A da Faculdade de Medicina da Universidade da República, Uruguai. Método: Foi desenvolvido um estudo descritivo seguindo um modelo lógico de avaliação de programas. Foi implementada uma estratégia organizacional focada na identificação de fatores de stress e na promoção do bem-estar. A intervenção incluiu pesquisas qualitativas, grupos focais e a formação de uma Equipe de Referência em Bem-Estar (ERB), treinada para orientar o processo de melhoria contínua. Resultados: Foram identificadas prioridades nas dimensões carga de trabalho, recursos, comunidade no trabalho, cultura organizacional e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Ao longo do processo, foram implementadas ações-chave para melhorar o ambiente de trabalho e a eficácia das equipes. O compromisso dos líderes das unidades e o trabalho colaborativo com consultores externos foram fundamentais para o sucesso do programa. Discussão: As intervenções organizacionais, embora mais complexas, parecem ser mais eficazes na promoção do bem-estar. As mudanças alcançadas nesta fase inicial sugerem um impacto positivo, embora seja necessário um acompanhamento a longo prazo para garantir a sustentabilidade das melhorias. Conclusões: A experiência inovadora apresentada oferece um roteiro para melhorar o bem-estar do pessoal de saúde em contextos académicos e de saúde, destacando a importância da liderança e da colaboração nestes processos.
Resumen Introducción: El bienestar médico ha cobrado relevancia en la atención de la salud, especialmente frente a la "epidemia de burnout". Este estudio se propone evaluar la implementación y efectividad de un programa para mejorar el bienestar del personal de la Unidad Académica de Ginecología y Obstetricia A de la Facultad de Medicina de la Universidad de la República, Uruguay. Método: Se desarrolló un estudio descriptivo siguiendo un modelo lógico de evaluación de programas. Se implementó una estrategia organizacional focalizada en la identificación de factores de estrés y la promoción del bienestar. La intervención incluyó encuestas cualitativas, grupos focales y la conformación de un Equipo de Referentes de Bienestar (ERB), capacitado para guiar el proceso de mejora continua. Resultados: Se identificaron prioridades en las dimensiones de carga laboral y exigencias en el trabajo, eficiencia y recursos, comunidad en el trabajo, cultura organizacional e integración trabajo-vida personal. A lo largo del proceso, se implementaron acciones clave para mejorar el ambiente laboral y la efectividad del equipo. El compromiso de los líderes de la unidad y el trabajo colaborativo con consultores externos fueron fundamentales para el éxito del programa. Discusión: Las intervenciones organizacionales, aunque más complejas, parecen ser más efectivas en la promoción del bienestar. Los cambios alcanzados en esta etapa inicial sugieren un impacto positivo, aunque se requiere un seguimiento a largo plazo para asegurar la sostenibilidad de las mejoras. Conclusiones: La experiencia innovadora presentada ofrece una hoja de ruta para la mejora del bienestar del personal de salud en contextos académicos y asistenciales, destacando la importancia del liderazgo y colaboración en estos procesos.
Abstract Introduction: Physician well-being has gained relevance in health care, especially in the face of the "burnout epidemic." This study aims to evaluate the implementation and effectiveness of a program to improve the well-being of the staff of the Academic Unit of Gynecology and Obstetrics A of the Faculty of Medicine of the University of the Republic, Uruguay. Method: A descriptive study was developed following a logical model of program evaluation. An organizational strategy focused on identifying stress factors and promoting well-being was implemented. The intervention included qualitative surveys, focus groups, and the formation of a Well-Being Referent Team (ERB), trained to guide the continuous improvement process. Results: Priorities were identified in the dimensions of workload, resources, community at work, organizational culture, and work-life balance. Throughout the process, key actions were implemented to improve the work environment and team effectiveness. The commitment of unit leaders and collaborative work with external consultants were fundamental to the success of the program. Discussion: Organizational interventions, although more complex, appear to be more effective in promoting well-being. The changes achieved at this initial stage suggest a positive impact, although long-term monitoring is required to ensure the sustainability of improvements. Conclusions: The innovative experience presented offers a roadmap for improving the well-being of health personnel in academic and healthcare contexts, highlighting the importance of leadership and collaboration in these processes.