Resumen Este artículo examina el desarrollo de la mecanización en el sistema de hacienda de Chile Central, una sociedad rural oligárquica de un país periférico, considerando el papel y los intereses de los principales actores sociales e institucionales involucrados en la introducción y difusión de maquinaria agrícola. La mecanización fue implementada desde el poder por actores dominantes en la economía chilena, sobre todo, los grandes terratenientes y las compañías comerciales extranjeras importadoras de maquinaria. Por ello, se concentró en las cosechas de trigo, alfalfa y trébol, los principales cultivos comerciales de las haciendas de Chile Central. Asimismo, la mecanización consistió en la difusión de máquinas e implementos importados. Las incipientes industrias metalmecánicas chilenas (fundiciones) no pudieron desarrollarse como productoras importantes de equipo agrícola. A pesar de sus contradictorios intereses, esos actores, junto con los expertos de las instituciones agrícolas estatales, formaron una elite de conocimiento que no solo adoptó, sino que, fundamentalmente, seleccionó y adaptó de modo creativo aquellos tipos y modelos de máquinas agrícolas que mostraron ser más apropiados para el sistema de hacienda.
Abstract This article examines the development of mechanization in the hacienda system of Central Chile, an oligarchic rural society in a peripheral country, by discussing the role and interests of the main social and institutional actors involved in the introduction and diffusion of agricultural machinery. Mechanization was implemented from power by dominant actors in the Chilean economy, above all the large landowners, and the foreign commercial firms that imported machinery. Thus, it concentrated on the harvests of wheat, alfalfa and clover, the main commercial crops on Central Chile’s haciendas. In addition, mechanization consisted in the diffusion of imported machines and implements. The incipient Chilean metal industries (foundries) were not able to develop as significant producers of agricultural equipment. Despite their contradicting interests, those actors, along with state agricultural institutions’ experts, formed a knowledge elite that not only adopted but, more fundamentally, selected and creatively adapted those types and models of agricultural machines that demonstrated to be more suitable to the hacienda system.
Resumo Este artigo examina o desenvolvimento da mecanização no sistema de fazendas do Chile Central, uma sociedade rural oligárquica num país periférico, considerando o papel e os interesses dos principais atores sociais e institucionais envolvidos na introdução e difusão de máquinas agrícolas. A mecanização foi implementada desde o poder por atores dominantes na economia chilena, sobretudo, grandes proprietários de terras e empresas comerciais estrangeiras que importam máquinas. Por isso, concentrou-se nas culturas de trigo, alfafa e trevo, principais culturas comerciais das fazendas do Chile Central. Da mesma forma, a mecanização consistiu na difusão de máquinas e implementos importados. As incipientes indústrias metalmecânicas (fundições) chilenas não conseguiram se desenvolver como importantes produtoras de equipamentos agrícolas. Apesar dos seus interesses contraditórios, estes atores, juntamente com especialistas de instituições agrícolas estatais, formaram uma elite de conhecimento que não só adoptou, mas fundamentalmente selecionou e adaptou de forma criativa os tipos e modelos de máquinas agrícolas que se mostraram mais apropriados para o sistema de fazenda.