Abstract The energy transition requires minerals that are increasingly difficult to obtain on the surface, so the ocean floor and by virtue of its mineral reserves, could meet projected demand and contribute to achieving the sustainable development goals. However, there are contradictory discourses regarding the role of sustainability in deep-sea mining. On the one hand, it is suggested that it would have less impact than surface mining. On the other hand, it argues about the negative impacts on the ocean and effects on human well-being and the livelihoods of local communities. Thus, the objective is to problematize the relationship between sustainability and deep-sea mining, based on the approach of the resource frontier and how these spaces are produced, the predominant narratives, and what are the dynamics that underlie this process. Using tools of bibliometric analysis and qualitative content analysis, it was possible to account for dominant narratives about circular economy, biodiversity, governance, and blue economy in the literature. Dynamics underlying the creation of the resource frontier are the search for new sources of minerals, the need to control resources, and positioning the ocean as a zone of unlimited development, which configure deep-sea mining as an emerging frontier for sustainability.
Resumo A transição energética exige minerais cada vez mais difíceis de obter na superfície, para que o fundo do oceano e, em virtude de suas reservas minerais, possam atender à demanda projetada e contribuir para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável. No entanto, há discursos contraditórios sobre o papel da sustentabilidade na mineração em alto mar. Por um lado, sugere-se que teria menos impacto do que a mineração de superfície. Por outro lado, argumenta sobre os impactos negativos no oceano e os efeitos no bem-estar humano e nos meios de subsistência das comunidades locais. Assim, o objetivo é problematizar a relação entre sustentabilidade e mineração em alto mar, a partir da abordagem da fronteira de recursos e, em particular, como esses espaços são produzidos, as narrativas predominantes e quais são as dinâmicas que subjazem a esse processo. Utilizando ferramentas de análise bibliométrica e análise qualitativa de conteúdo, foi possível dar conta das narrativas dominantes sobre economia circular, biodiversidade, governança e economia azul na literatura. As dinâmicas subjacentes à criação da fronteira de recursos são a busca de novas fontes de minerais, a necessidade de controlar os recursos e o posicionamento do oceano como uma zona de desenvolvimento ilimitado, que configuram a mineração em alto mar como uma fronteira emergente para a sustentabilidade.
Resumen La transición energética requiere minerales que cada vez son más difíciles de obtener en superficie, por lo que, el fondo del océano y en virtud de sus reservas de minerales, podría satisfacer la demanda proyectada y contribuir a alcanzar los objetivos de desarrollo sustentable. Sin embargo, existen discursos contradictorios respecto al rol de la sustentabilidad en la minería en aguas profundas. Por un lado, se plantea que tendría menor impacto que la minería en superficie. Por otro lado, se argumenta sobre los impactos negativos en el océano y afectaciones en el bienestar humano y medios de vida de las comunidades locales. Así, el objetivo es problematizar en torno a la relación entre sustentabilidad y minería en aguas profundas, a partir de la aproximación de la frontera de recursos y en particular, cómo se producen estos espacios, las narrativas predominantes, y cuáles son las dinámicas que subyacen en este proceso. Utilizando herramientas del análisis bibliométrico y análisis de contenido cualitativo, se pudo dar cuenta de narrativas dominantes sobre economía circular, biodiversidad, gobernanza, y economía azul en la literatura. Dinámicas que subyacen a la creación de la frontera de recursos son la búsqueda de nuevas fuentes de minerales, la necesidad de controlar los recursos, y posicionar al océano como una zona de desarrollo ilimitado, las que, configuran a la minería en aguas profundas como frontera emergente para la sustentabilidad.